Por Deniele Simões Em Notícias

Jovens unem-se pela música para evangelizar

Levar a palavra de Deus com uma linguagem jovem e ter a música como principal aliada. Isso foi o que motivou quatro jovens paranaenses – três rapazes e uma garota – a montar a banda de pop rock católica Hari.

A Hari surgiu há mais ou menos dois anos dentro da comunidade católica Éfeta, em Campo Largo (PR). Dani Bueno (violão e voz), Lucas Lopes (bateria), Leonardo Adamante (guitarra), Gabriel Legroski (guitarra) e Luck Ramires (baixo) fazem parte da Missão Revolution, um dos grupos de jovens da comunidade.

Foto de: Deniele Simões / JS

Hari - Deniele Simões JS

Leonardo, Gabriel, Dani, Luck e Lucas Lopes formam a banda Hari

 

 

O grupo de pop rock cristão tem uma audiência enorme na internet. O clipe da música “Estou Aqui” já ultrapassou as 38 mil visualizações no YouTube e a segunda música de trabalho “Novo Homem”, já tem mais de 6.000 views na rede de compartilhamento de vídeos.

Em maio, a Hari tocou no Hallel Aparecida, conquistando o público com duas apresentações acústicas, no módulo Capela. O grupo agora prepara a gravação do primeiro EP para divulgar ainda mais o trabalho de evangelização pela música.

 

O JS bateu um papo com a galera da banda, que contou como tudo começou. Eles também falaram sobre a alegria de tocar o coração das pessoas através da música.

“Nosso primeiro objetivo, eu acredito, é tocar as pessoas, embora tocar as pessoas seja um termo muito generalista, porque todo músico católico deseja tocar pessoas”, conta o guitarrista Leonardo Adamante.

Como o público-alvo são os próprios jovens que, muitas vezes, não têm contato com o mundo católico, Leonardo acredita que é até mais fácil evangelizar, já que o grupo é jovem a ideia é evangelizar jovens. “Falar para o jovem de maneira jovem e provar que a Igreja também pode ser jovem. Isso acaba atraindo as pessoas para uma intimidade com Deus”, completa.

Segundo a vocalista Dani Bueno, o trabalho da banda reflete muito o que os integrantes são no dia a dia. “Quem vai ao nosso show vê como somos livres no palco para pular, bater cabelo, tocar guitarra e para fazer o nosso som para Deus”, ressalta.

Em relação às influencias da banda, Dani explica que são duas: a espiritual e a musical. O rock pesado e, ao mesmo tempo melódico, como o da banda secular Paramore, é o que identifica o som da banda.

Já as letras têm uma base teológica muito forte, de onda aflora uma espiritualidade verdadeira, que convida os jovens a conhecerem como Deus é bom e como a palavra é convidativa.

A banda tem feito muitos shows dentro da comunidade Éfeta e o show em Aparecida foi o primeiro fora do estado do Paraná. O que mais surpreendeu foi a reação do público, já que a banda é relativamente nova e ainda não tem nenhum álbum gravado.

Segundo Dani, foi grande o número de pessoas que cantavam “Estou Aqui”, uma das músicas de trabalho que tem clipe no YouTube. Muitos jovens também aproveitaram a oportunidade para tirar fotos e conversar com a banda, após os dois shows acústicos no Hallel.

De acordo com a vocalista, outra experiência que marcou a participação no Hallel, foi o clima de união entre os músicos católicos. “A gente vê que a mensagem que está sendo passada chega a lugares que nem se imagina”, completa.

Ministério da música

Para o guitarrista Leonardo, a responsabilidade de exercer o ministério da música é enorme e, por isso, exige preparo espiritual, que vai além da técnica musical.

“Músico com técnica você encontra em qualquer lugar, mas quando você faz parte de uma banda católica, há uma responsabilidade muito maior, porque você está lidando com vidas”, adverte.

Para dar conta da responsabilidade de transmitir a mensagem, ele acredita ser importante que o músico esteja bem preparado e se preocupe com a unção. “O músico que tem técnica é um músico bom; um cristão que tem unção é um cristão bom. Mas, um músico que tem técnica e unção, vai muito mais longe”, acrescenta.

A vocalista Dani detalha que outra preocupação da banda é a veracidade da mensagem a ser passada: “até que ponto a minha música é verdade para mim, para que ela possa ser verdade para alguém”, explica. Isso é importante, segundo ela, para que o público possa se identificar com a banda.

Outro cuidado que o grupo sempre procura tomar está relacionado à tentação da vaidade, já que a música, o teatro, a dança e as artes, de um modo geral, mexem muito com essa questão.

“Não adianta ser hipócrita e dizer que não, porque todos estamos sujeitos a isso e, infelizmente, a gente vê histórias de músicos dentro da Igreja que não se comunicam com pessoas da própria Igreja; são músicos apenas de show e acaba perdendo-se a essência”, lamenta.

Para Dani, esse tipo de situação pode acontecer até mesmo no ministério de música de uma paróquia e, portanto, é fundamental que os músicos fiquem atentos. “A gente tem essa questão do vigiar mesmo e tomar cuidado”, diz.

Para evitar isso, a vocalista da banda ressalta que o músico que quer exercer o ministério na Igreja deve estar ciente do peso dessa opção. “É uma responsabilidade e, por isso, é ter o pé no chão, nunca se esquecer quem você é e saber porque você está ali”, conclui.

 

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