O JS conversa com a cantora católica Juliana de Paula, que lançou recentemente seu novo trabalho, intitulado Faça-se.
Foto de: Reprodução
Juliana de Paula: "Tenho no meu coração uma esperança
muito grande de que as pessoas possam ter esse encontro
pessoal com Deus. Eu espero que o CD consiga chegar a
pessoas que não conheçam o amor de Deus, que estejam
passando por alguma dificuldade ou precisando ser
renovadas na fé"
O álbum é o terceiro da carreira de Juliana e o primeiro pela gravadora Canção Nova.
Além de falar sobre boa repercussão de Faça-se, Juliana conta sobre o processo de concepção do álbum e recorda o início de seu ministério na música, na década de 1990.
Jornal Santuário de Aparecida – O seu novo CD, Faça-se, é sucesso e chega após uma pausa de sete anos. Como tem sido a receptividade do álbum?
Juliana de Paula – Após sete anos de espera, até mesmo daquilo que Deus queria de mim e da missão que Ele me deu, sinto que o feedback é maravilhoso. As pessoas têm manifestado elogios e adquirido o CD muito mais do que eu esperava. Para nós que buscamos a Deus, que vivemos em Deus, existe um tempo certo para cada coisa, como diz a Palavra. Por compreender esse tempo de Deus, sinto-me imensamente feliz por ter esse retorno das pessoas, daqueles que ouvem e adquirem o CD. Fico muito feliz.
JS – Como foi a concepção do álbum?
Juliana – Nesse período de espera, tanto eu como meu esposo Alexandre, já conversávamos e rezávamos. A minha linha de trabalho é bem voltada para a MPB e começamos pensando em que tipo de sonoridade eu gostaria de cantar, que tipo de arranjo. A partir daí, fomos pensando no público que gostaríamos de atingir, que tipo de letras e de canções.
A concepção foi crescendo, no sentido de clareza daquilo que queríamos. Já tínhamos algumas composições, pois o Alexandre é o compositor da maioria das canções. Tínhamos também as de outros amigos, parceiros compositores e, dessa forma, conseguimos conceber o CD e aquilo que ele seria tanto para mim e para o Alexandre, como também para o nosso público, que é formado por pessoas que estão nas santas missas, nos grupos de oração e encontros carismáticos.
JS – O álbum traz participações especiais de Fátima Souza e Emanuel Stênio. Como foi gravar com eles?
Juliana – Foi um momento bem único para mim, porque tanto a Fátima como o Emanuel fazem parte da minha história de ministério. Conheço a Fátima há algum tempo. Ela fez parte do ministério Adoração e Vida e admiro demais sua voz. Para mim, foi um presente de Deus ela aceitar fazer parte desse novo tempo da minha vida.
O Emanuel é um irmão, muito querido também, próximo aqui da gente, na Canção Nova. Eu gostaria muito de ter uma voz masculina no CD e de um ministro de música que também se identificasse com o projeto.
A experiência que eu pude ter com os dois foi muito bonita. Cada um na sua realidade, um com músicas mais de mensagens e oracionais; o outro com canções mais de louvor, mais animadas e para cima.
JS – O que você espera desse novo trabalho?
Juliana – Deus tem feito muito na vida das pessoas e na minha vida também. Acredito que, através desse CD, o meu ministério poderá chegar em lugares que eu desconheço. Tenho no meu coração uma esperança muito grande de que as pessoas possam ter esse encontro pessoal com Deus. Eu espero que ele consiga chegar a pessoas que, talvez, não conheçam o amor de Deus, que estejam passando por alguma dificuldade, ou precisando ser renovadas na fé e possam viver esse sim, esse Faça-se, que o próprio CD intitula.
JS – Como descobriu o talento para a música?
Juliana – Tudo começou quando eu participava de um grupo de jovens na Igreja. Eu sempre gostei muito de ouvir música, mas não sabia que tinha voz para cantar.
Em um retiro, precisavam de uma canção que expressasse uma passagem bíblica que a gente iria encenar no final do encontro. Ninguém se oferecia e eu, muito timidamente, levantei o braço, falando que conhecia uma canção. Quando terminou a encenação, fui cantar e, para a minha surpresa e daqueles que estavam ali, soltei a voz mesmo.
Na época, eu já pedia para Deus um ministério que pudesse canalizar para Ele. Nunca pedi para cantar, mas, nesse dia, foi uma resposta de Deus para mim, porque descobri que meu ministério seria a música.
A partir daí, fui desenvolvendo com muita timidez, inicialmente, mas abrindo-me, cantando em grupos de oração, em missas e encontros.
JS – Quais os principais desafios no início da carreira?
Juliana – Eu venho de uma família muito simples e não imaginava um dia gravar um CD. Por isso, o principal desafio foi dizer sim a esse novo jeito para a Juliana de Paula expressar o seu ministério.
Eu nunca imaginei ir tão longe, não só no sentido físico, de sair do Nordeste, mas como sair de mim mesma. Quando gravei o meu primeiro CD, achei que seria apenas para o Nordeste e algumas cidades vizinhas à Paraíba, podendo chegar a alguns estados próximos.
Sair do Nordeste, vir para o Sudeste e alcançar tantos lugares como eu cheguei a alcançar, eu realmente não imaginava; mas Deus olha o coração da gente sem muita pretensão ou orgulho e vai abrindo as portas.
JS – Qual o significado do seu ministério e como ele tem ajudado as pessoas?
Juliana – Acho que o meu ministério significa paz, tranquilidade. É isso que as pessoas sempre me testemunham. Não somente pelo timbre de voz, ou pela forma que eu canto, mas através das músicas e letras que eu escuto e escolho para cantar.
Meu ministério significa trazer as pessoas para o seu íntimo; fazê-las olhar para si. Já escutei vários testemunhos até de pessoas que nem são da mesma religião, mas que me ouvem. E fico muito feliz.
Sempre consagrei o meu ministério a Nossa Senhora e, quando ouço esses testemunhos, lembro dessa consagração que fiz a ela. É a presença de Nossa Senhora na vida das pessoas através do meu ministério.
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