No dia 12 de junto, celebra-se o “Dia Mundial de combate ao Trabalho Infantil”. Por mais que nossa sociedade abomine essa prática criminosa, ela ainda é bastante presente.
Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em todo o mundo há cerca de 152 milhões de crianças e adolescentes, entre 5 e 17 anos, vítimas de trabalho infantil, sendo 88 milhões de meninos e 64 milhões de meninas. O mais grave dessa estatística é que quase metade dessas crianças (73 milhões) realizam formas perigosas de trabalho e 19 milhões possuem menos de 12 anos de idade.
Considerando as incidências de trabalho escravo no mundo por continentes, quem lidera essa triste lista é o continente africano, com 72,1 milhões de crianças, seguido pelo continente asiático, com 62 milhões. Considerando o ramo de atuação, o trabalho infantil no mundo está concentrado principalmente na agricultura (71%), seguido do setor de serviços (17%) e setor industrial (12%).
No Brasil, apesar de haver constantes denúncias e registros de trabalho infantil, há números que registram a queda dessa prática. Entre 1992 e 2015, 5,7 milhões de crianças deixaram de trabalhar, uma redução de 68%. O país, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ainda tem 2,672 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos sendo explorados pelo trabalho infantil. Desse total, 412 mil têm entre 5 e 13 anos de idade, em que é totalmente proibido qualquer tipo de trabalho, e desses 267 mil estão em atividades agrícolas, consideradas as piores formas de trabalho infantil.
Por todo o país, há campanhas de combate e conscientização, com destaque para as do Santuário Nacional de Aparecida, em parceria com o Ministério Público do Trabalho e Tribunal Regional do Trabalho, 15ª Região, que, desde 2016, realizam ações conjuntas, que vão desde produção de materiais impressos (edições especiais das revistas Devotos Mirins, Jovens de Maria e Revista de Aparecida) a eventos de conscientização, como a Semana da Criança, que tem como tema a hashtag “#chegadetrabalhoinfantil”.
Leia MaisProjetos do Santuário apoiam a formação socioeducativa de crianças e adolescentesDurante as comemorações do dia das crianças e dos 300 anos do encontro da Imagem de Nossa Senhora Aparecida, em 2017, foi lançada a “Carta de Aparecida pela eliminação do Trabalho Infantil”, que, em seu conteúdo, enfatiza que “elevadas taxas de evasão escolar, mutilações por acidentes, perda de qualquer perspectiva de futuro, quando não da própria vida, constituem realidade cruel a ser diuturnamente combatida”.
Papa Francisco, ao ser informado da iniciativa do Santuário Nacional e dos órgãos participantes, enviou uma bênção, saudando os organizadores pela luta na erradicação do trabalho infantil. Segundo Francisco, “as crianças são um sinal de esperança, sinal de vida, mas também sinal de ‘diagnóstico’ para compreender o estado de saúde de uma família, de uma sociedade, do mundo inteiro. Quando as crianças são acolhidas, amadas, protegidas, tuteladas, a família é sadia, a sociedade melhora, o mundo é mais humano”.
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