O texto Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade. Sal da terra e luz do mundo, tema central da 54ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), foi aprovado pelo episcopado brasileiro como documento da entidade. O bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, afirma que o texto já vinha sendo preparado há dois anos e que tem como objetivo elucidar o importante papel dos leigos na Igreja.
O documento traz a reflexão e dá algumas pistas aos leigos de como eles podem ajudar a Igreja, principalmente em aspectos sociais. O secretário-geral reforça que a ideia é que os católicos não se limitem ao trabalho interno, mas trabalhem na sociedade também, atuando, por exemplo, na comunicação, na cultura e na política.
Foto de: Allan Ribeiro/JS
Episcopado refletiu o papel do leigo nas decisões da
sociedade
O texto ressalta a influência que os leigos têm nos serviços de evangelização da Igreja. O bispo coloca que normalmente liga-se a parte de evangelização ao bispo, ao padre, ao religioso, à religiosa, mas, cada vez mais, tem-se acentuado a necessidade de uma Igreja missionária e evangelizadora, na qual os leigos exerçam uma função, um ministério.
“Eu creio que esse texto vai nos ajudar muito a mostrar aos leigos essa participação na vida da Igreja, na qual nós todos somos Igreja e, por isso, participamos, testemunhamos e queremos também agir como Igreja nos diversos meios, dentro da sociedade”, afirma o bispo.
O arcebispo de Londrina (PR) e presidente da Comissão para o tema central da 54ª AG, dom Orlando Brandes, diante dos estudos, afirma que o leigo tem de ser sujeito da dignidade, não pertencendo apenas à Igreja, mas sendo Igreja. Ele acrescenta que os leigos não são só colaboradores, mas corresponsáveis e representam toda a alma da Igreja.
“Muita gente se sente católico, mas não se sente Igreja. Está faltando aquele espaço dos próprios leigos para serem cidadãos”, apresenta dom Orlando, colando que essa realidade deve ser modificada a partir do documento.
Parte das colocações do texto se dedica a relação da política com os leigos. A proposta não surge como uma ação partidária da Igreja, mas, pelo contrário, nasce como estímulo aos católicos para que se tornem partidários. Porém, segundo dom Orlando, essa perspectiva ainda é um caminho longo a se percorrer, tendo em vista a imagem negativa que foi criada em relação à participação na política.
O presidente da comissão apresenta que as análises do rosto do laicato partem desde o embrião, pois, para os bispos, é nessa fase em que a vida surge. O documento se debruça também sobre as crianças, adolescentes, mulheres, solteiros e viúvos.
Para a redação do documento sobre o tema central, o episcopado teve como base a Exortação Apostólica do Papa Francisco, Evangelii Gaudium – A alegria do Evangelho. O texto ainda será revisado e posteriormente publicado pelas Edições CNBB.
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