Por Allan Ribeiro Em Notícias

Menino que fez o Papa chorar fala do desejo de ser padre

Uma lágrima singela desliza pelo o rosto e expressa a emoção de Francisco. Nos braços do Santo Padre, o pequeno Nathan, de 9 anos, que copiosamente chora, encontra nos ombros do Pontífice amparo. Entre as muitas crianças que havia abençoado, aquela tinha algo de especial. Frente a frente ao sucessor de Pedro, o pequeno encontra forças apenas para dizer: “Santo Padre, eu quero ser sacerdote de Cristo, um representante de Cristo”. Em um gesto de carinho, Francisco retribuiu a confissão dizendo: “Ora por mim que oro por tí”.

Foto de: Allan Ribeiro/JS

Natan, menino do Papa - JS

Nathan, o menino do Papa, mantém vivo o desejo de se tornar sacerdote

 

Ao expressar o desejo ao sacerdócio, durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Rio de Janeiro, o menino comoveu não apenas o Pontífice, mas todo o Brasil. As palavras ditas por Bergoglio, em 2013, ainda permanecem vivas na memória do pequeno. Depois de três anos, hoje com 12 anos, o garoto mantém vivo a vontade de servir a Cristo no sacramento da ordem. No mês em que a Igreja celebra as vocações, o menino é novamente lembrado e aparece como tema deste ano nos subsídios da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Apesar da pouca idade, nas atividades do dia a dia de um pré-adolescente como qualquer outro, ele busca aprofundar-se no período de discernimento. Na escola, se destaca como um bom aluno. Além dos estudos, ele se dedica como coroinha, na catedral de Lorena (SP), aos domingos, durante a celebração dedicada às crianças. Já há três anos auxilia os párocos durante as missas e agora ele se prepara para tornar-se acólito.

Desde muito cedo, Nathan esteve inserido nas das atividades da Igreja. Aos 7 anos já manifestava o desejo pelo sacerdócio. A mãe, Ana Paula Brito, conta que como era muito participativo, o filho logo começou a participar da formação de coroinha na cidade onde vivia, Cabo Frio (RJ), antes mesmo das outras crianças da mesma idade.

Ana Paula é uma grande incentivadora da espiritualidade do menino. Sempre acompanha o garoto nas celebrações e desempenha a função de educa-lo nos preceitos cristãos. Como mãe, auxilia o filho no processo de discernimento e, muito mais do que cultivar o anseio do filho de se tornar padre, ela faz com que Nathan viva coisas que são importantes para idade dele como, por exemplo, os estudos e o divertimento.

Direcionando o filho, a mãe do pequeno também apresenta a ele outras vertentes da vocação, como a vida como leigo. Para ela, independente da escolha, o primordial é que ele possa servir com alegria, desempenhando a função dentro da Igreja. “Eu peço sempre a Deus. Se for para ser, que ele seja um padre santo, abençoado, que possa levar realmente a palavra de Deus, assim como, ele foi acolhido pelo Papa com o amor do Pai, do Pastor que tem o prazer de amar", afirma a Ana Paula.

Para a caminhada de discernimento, o garoto tem como referência, ninguém mais do que o próprio Papa argentino. Os gestos e as atitudes de pastoreio do Pontífice marcam Nathan. O momento em que esteve junto ao Santo Padre serviram para animá-lo ainda mais no caminho em que pretende seguir. A Bergóglio o menino dedica as orações de maneira especial. “Que Deus de vida longa ao Papa, porque essa missão que ele carrega é muito árdua que ele tem que conservar”, deseja. 

Papel da família 

Durante a trajetória de discernimento, os pais devem se fazer presentes auxiliando no direcionamento dos filhos. Quando os pais procuram viver conscientemente o sacramento do matrimônio e dão testemunho de sua fé, facilmente vão compreender que os filhos são dom de Deus e que receberam dele talentos diferentes.

Segundo o promotor vocacional irmão João Batista de Viveiros, C.Ss.R, a missão da família consiste em educar, orientar e formar bem os filhos para que cresçam e se desenvolvam em todos os sentidos como imagem e semelhança do próprio Deus e não como imagem e semelhança de si mesmos. Eles não podem colocar obstáculos e devem deixar os filhos livres para fazer as suas escolhas, guiando-os na descoberta e no amadurecimento da vocação.

“Onde faltam a liberdade e a vivência da fé como igreja doméstica, os pais se acham no direito de decidir qual o caminho que os filhos devem seguir segundo seus projetos e interesses pessoais. Existem muitas pessoas frustradas porque deixaram se levar por interesses de outros ou por não terem concretizado as opções do coração. O apoio da família é fundamental para que o vocacionado faça um processo tranquilo de discernimento. Com maior serenidade, será capaz de superar os obstáculos”, conclui.

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