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“Mundo vive uma globalização da indiferença”, diz Papa

Fortalecei os vossos corações (Tg 5,8). Esse é o título da mensagem do Papa Francisco para a Quaresma deste ano, que começou na última quarta-feira (18). No texto, o Santo Padre afirma que os quarenta dias de preparação para a celebração da Páscoa é um tempo de renovação para a Igreja.

Foto de: Alexandre Santos / JS

Quaresma - Alexandre Santos JS

Francisco ressalta ainda que, quando estão bem, as pessoas se esquecem dos problemas que os outros podem estar enfrentando. Segundo ele, o egoísmo se espalhou pelo mundo, numa globalização da indiferença. “Esse é um dos desafios mais urgentes. Temos necessidade de ouvir, em cada Quaresma, o brado dos profetas que levantam a voz para nos despertar”, adverte.

Na mensagem, o Santo Padre afirma ainda que a Quaresma é um tempo propício para se deixar servir por Cristo e tornar-se como ele, que lava os pés dos apóstolos. “Quem é de Cristo pertence a um único corpo e, n’Ele, um não olha com indiferença o outro. Na vida das paróquias e comunidades, consegue-se experimentar que fazemos parte de um único corpo?”, questiona.

O Papa expressou o desejo de que as paróquias e comunidades se tornem ilhas de misericórdia no meio do mar da indiferença. “Cada comunidade cristã é chamada a atravessar o limiar que a põe em relação com a sociedade circundante. Assim podemos ver, no nosso próximo, o irmão e a irmã pelos quais Cristo morreu e ressuscitou”, declara.

O Santo Padre conclui a mensagem pedindo que a Quaresma seja vivida como um percurso de formação do coração e convidando a todos a rezar por ele e com ele a Jesus: “fazei o meu coração semelhante ao vosso”.

Tempo de conversão

Quaresma significa 40 dias e designa o período de preparação para celebrar a principal festa do cristianismo: a Páscoa. Durante esse período, a Igreja convida a uma postura de austeridade, interiorização, reflexão, oração mais intensa e busca por conversão.

Por que 40?

O número está ligado ao total de anos que o povo de Deus passou no deserto até entrar na terra prometida, após a escravidão no Egito. Esse período também recorda os 40 dias em que Jesus passou no deserto em jejum, antes de assumir sua vida pública.

Jejum e penitência

Muitas pessoas deixam pequenos hábitos do dia a dia, como comer chocolate ou tomar refrigerante. Autor do livro Quaresma – Uma palavra para cada dia, o padre Pedro Cunha afirma que o ato de abrir mão de algo de que gosta já é um sinal de que há disposição de repensar a vida. Contudo, a Quaresma convida a uma mudança de atitude. “Não basta deixar de comer chocolate, é preciso que aquilo que deixei de comer seja dado a quem não tem condições de comprar”, explica.

Sobriedade

Durante esse período, a Igreja deixa de usar flores para ornamentar os templos. Os espaços litúrgicos são revestidos com toalhas e paramentos de cor roxa, dando um tom sóbrio e austero. Em muitas paróquias, mantêm-se o costume de cobrir as imagens. Na liturgia, também não se canta Glória e Aleluia. O objetivo é reforçar o clima de interiorização e silêncio à espera da Páscoa.

Vida de oração

Cada católico é convidado, de modo mais intenso, a cultivar e aprofundar o relacionamento com Deus, na intimidade da oração.

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