A Congregação do Santíssimo Redentor foi fundada em 9 de novembro de 1732, em Scala, na Itália, por Santo Afonso Maria de Ligório e outros cinco companheiros. Eles são mais conhecidos como Missionários Redentoristas, e desde o início o trabalho é focado nas missões voltadas para os mais pobres.
Em 1784, em Roma, dois estrangeiros entraram para a Congregação: Clemente Hofbauer e Tadeu Hübl. Eles foram os responsáveis por levar o trabalho da congregação para o norte da Europa. A partir de então, a expansão foi só aumentando. Hoje, são mais de 6 mil redentoristas, anunciando o Redentor na Europa, nas Américas, na África, na Ásia e na Oceania.
Foto de: Deniele Simões / JS
Padre Rogério Gomes assume Província
de São Paulo em 2015
No Brasil as missões começaram 1894, em Aparecida (SP). Na verdade, Aparecida nem existia, pois ainda era a Vila de Guaratinguetá.
Vindos de um belíssimo mosteiro na Baviera, os padres alemães foram hospedados numa casa provisória, próxima ao local onde Nossa Senhora Aparecida era visitada. Entre eles, alguns que logo em seguida iriam para Trindade (GO).
Aqui na Terra da Padroeira começaram as missões no Matriz Basílica de Aparecida, no cuidado com a Imagem da Santa, na acolhida e evangelização dos romeiros, que na época já totalizava cerca de 100 mil ao ano.
O trabalho dos missionários expandiu-se e conquistou o coração do povo até que, após comprovado desenvolvimento das missões dos padres, a província de São Paulo foi finalmente criada, há 70 anos, tornando-se uma unidade autônoma que hoje está entre as seis maiores do mundo.
De lá para cá muito foi feito, o Santuário Nacional de Aparecida foi erguido, conventos e comunidades para abrigar os padres foram criados, iniciou-se o trabalho em paróquias, seminários para formação de novos missionários, as missões populares ganharam o Brasil, projetos sociais foram implementados, e os padres iniciaram um trabalho esplendoroso de evangelização pela comunicação, começando com o Jornal Santuário em 1900, depois com a publicação de livros, o pioneirismo no rádio, a conquista de um canal de televisão, a entrada na internet, entre outras inúmeras frentes de atuação.
O ano de 2015 trará para a província de São Paulo novos desafios para tantas missões, e como de costume, a cada quatro anos, um novo provincial é eleito. Dessa vez um jovem missionário foi escolhido para liderar os trabalhos: o padre Rogério Gomes, ele tem 40 anos, residia em Roma e lecionava na Accademia Alfonsiana. Além disso, é membro da Sociedade Brasileira de Bioética (SBB), da Sociedade Brasileira de Teologia Moral (SBTM) e da Surveillance Studies Network (SSN). Padre Rogério assume no início do próximo ano. Ele bateu um papo conosco.
Jornal Santuário de Aparecida – Como recebeu a missão de ser o novo Provincial da Congregação do Santíssimo Redentor no Estado de São Paulo?
Padre Rogério Gomes – Com certa surpresa devido ao fato de eu jamais ter trabalhado em alguma instância de coordenação na Província. Os meus trabalhos sempre foram muito ligados à área formativa. Ao mesmo tempo, fiquei muito feliz pela confiança que a Província depositou em mim e, pessoalmente, gastarei energia e suor por ela, escutando os confrades, sendo uma presença no meio deles, simples, alegre, animadora e incentivadora dos dons de cada um. Compartilharei este serviço com os quatro conselheiros que serão fundamentais para a animação de nossa querida Província.
JS– O que mais a missão de Provincial exige e o que é mais importante para o senhor na missão?
Padre Rogério – Para mim a missão de Provincial exige experiência de Deus, escuta, diálogo, acolhida, paciência, humildade, simplicidade e discernimento. O exercício de pastoreio por si só é complexo e penso que se estes componentes não aparecerem na condução seja de uma diocese, de uma Congregação, Província, seja em quaisquer instâncias de coordenação dentro da Igreja, incorremos apenas em uma lógica que não responde àquela do Evangelho, a do serviço aos irmãos e aos mais abandonados.
JS– O tempo que passou em Roma o ajudará a exercer melhor a nova missão? Conte-nos um pouco como foi a experiência.
Padre Rogério – Sim, com certeza, devido ao fato de morar numa comunidade internacional, com confrades de várias partes do mundo, e também os que vêm por vários motivos: visita, reuniões, estudos etc., por ter feito estudos aqui: mestrado e doutorado e depois, o pedido do Superior-Geral, que é o Moderador da Alfonsiana, para compor o corpo docente. Embora já tivesse experiência de docência, anteriormente no Brasil, aqui foi muito breve, devido a minha eleição. De modo que aqui os meus trabalhos consistiram nos seminários, nas orientações de teses, de consultoria para a língua portuguesa e tantas outras coisas referentes à pesquisa. Neste sentido, acredito que aquilo que vivenciei aqui possa me ajudar a coordenar a Província de São Paulo.
JS – O senhor toma posse em que data e permanecerá como provincial por quantos anos?
Padre Rogério – A posse será em janeiro de 2015, em data a ser definida, e o mandato do Provincial dura quatro anos.
JS – Qual o maior desafio em ser Redentorista nos tempos de hoje?
Padre Rogério – Para mim o maior desafio de ser Redentorista hoje é saber “ler os sinais dos tempos” e traduzi-los, a partir do Evangelho, em uma mensagem que toque o coração do homem e da mulher contemporâneos, levando-os a uma conversão pessoal que ressoe nas estruturas sociais e os encha de esperança para que possam responder com entusiasmo a própria vocação.
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