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Novo trabalho comemora 50 anos de Evangelização de padre Zezinho

Músicas que fazem todo o sentido para a vida, uma maneira ímpar de pensar, de ver o mundo, de traduzir conselhos, ensinamentos, reflexões, de expressar vida, sentimento. É teologia pura em música, em canções simples que chegam e marcam gerações. São letras, arranjos e melodias que dizem muito.

Foto de: Paulinas-Comep

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O CD De volta para o meu interior aborda questões
importantes da vida e reflete a sociedade atual.
Comemora 50 anos de evangelização e música do
padre pioneiro no meio musical

Quem nunca ouviu Maria de Nazaré, Amar como Jesus amou, Oração pela família e tantos outros sucessos do padre José Fernandes de Oliveira, conhecido em todo o Brasil como padre Zezinho, scj. Ele comemora 50 anos de Evangelização e música, inspirando novos artistas, apoiando muita gente e tocando muitos corações. São mais de 1500 composições gravadas e diversos programas de rádio e televisão. Um grande comunicador, apesar de ele preferir ser caracterizado como um catequista.

Neste mês, ele lançou seu mais recente trabalho: De volta para o meu interior. Um CD que celebra com músicas inéditas os 50 anos de trajetória, que mostra um padre Zezinho preocupado com o conteúdo de suas obras, com cuidado com a família brasileira e, além disso, um padre Zezinho atualizado com esses novos tempos.

Um dedo de prosa

Na tranquila manhã de 9 de agosto, cerca de 30 jornalistas esperavam ansiosos, nos estúdios Paulinas-Comep, em São Paulo (SP), pela chegada do padre Zezinho. O local foi escolhido por ser o lugar onde foram gravados os maiores sucessos de sua carreira.

Em um evento exclusivo para pessoas da comunicação católica, ele explicou tudo aquilo que suas novas canções queriam passar, falou de sua vida pessoal, da trajetória de meio século de evangelização, da juventude, recordou amigos antigos e dialogou com vários jornalistas.

De volta para o meu interior é o primeiro trabalho após o AVC sofrido em 2012 e possivelmente um dos melhores de sua carreira, por tratar temas importantes, atuais e com letras absurdamente envolventes.

De volta para o meu interior

A música que dá título ao CD é marcante e não por acaso. Primeiro ela trata de uma preocupação com o Brasil, depois com a vida e a felicidade das pessoas. “Eu quero que o povo saia da cidade, quem puder, e que existam mais empregos no campo, que haja agricultura familiar e que a família não se torne rato de periferia. Se o país fosse para o campo, com estrutura, talvez o Brasil fosse um país muito melhor. Eu gostaria de ver as cidades mais esvaziadas, pequenas cidades criadas, e o espaço fosse melhor. O Brasil perdeu esta oportunidade que a Alemanha tem, a Suécia tem, a Espanha está fazendo, a Holanda fez e África do Sul em alguns lugares está realizando”, explica padre Zezinho.

Segundo ele, muitos países descobriram o valor do campo e a vida no campo como um serviço para a cidade, ou seja, quem trabalha no campo deve ser bem remunerado para ajudar a cidade a sobreviver. “Agora o campo não está sobrevivendo e a cidade também não, por isso é preciso redescobrir novamente o campo. Eu sou filho de família que migrou. Meus pais tinham sítio e na pobreza tivemos de sair. Deu certo para nós, mas não deu para muita gente, então eu acho que precisamos reforçar o campo. O Brasil errou de opção e por isso que fiz essa canção”, conta.

Foto de: Deniele Simões / JS

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Gravadora Paulinas-Comep convidou os principais veículos de
imprensa católica para um bate-papo com padre Zezinho, nos
estúdios onde gravou seus maiores sucessos

De volta para o meu interior também oferece um convite duplo, quem não tem a possibilidade de realizar isso fisicamente, pode, por meio da música, e de autorreflexões, resgatar valores. “Na verdade eu quero que a cidade vá para o campo e que o campo respeite a cidade, porque é muito sofrimento morar na cidade e criar filho na cidade. Não sou contra a cidade, sou filho do mato e também sou urbano, devo aos dois, mas se eu puder voltar ao interior eu volto, por exemplo, estou em São Paulo, porque tenho de estar, mas gosto mesmo é de ficar em Taubaté.” 

Padre cantor era novidade

Padre Zezinho contou também que não teria chegado ao povo se não fosse os grandes apoiadores dessa missão de evangelização. Vendedores de porta em porta, as Irmãs Paulinas, rádios de interior e em especial a Rádio Aparecida. “Eu fui apoiado por gente que acreditou que essa música ia dar certo. Hoje, é fácil um padre ser famoso, mas naquele tempo era muito difícil, somente depois vieram as televisões. Eu também fui o maior cantor de torre de Igreja que o Brasil já teve.”

Uma Evangelização que iniciou com a juventude

No fim dos anos 1960, ainda muito jovem, padre Zezinho era aquele padre que sentava com a juventude e conversava na escadaria da igreja. Segundo o sacerdote, a missa começava duas horas antes e terminava três horas depois. “Pastoral da Juventude não é cantar na missa ou subir num palco, fazer um show e ir embora. É ser presença no meio dos jovens.”. Para ele, quem ainda não entendeu isso não faz pastoral, pois tem de ir no meio do povo.”

 

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