O missionário redentorista padre Valdivino Guimarães, C.Ss.R., conversa com o JS sobre sua nova missão: dirigir a Academia Marial do Santuário Nacional de Aparecida.
Por telefone, o religioso fala sobre os planos de trabalho, os principais desafios e os planos que tem para dirigir a única academia brasileira dedicada aos estudos e à propagação da devoção mariana.
Jornal Santuário de Aparecida – Como o senhor assume a responsabilidade de dirigir a Academia Marial de Aparecida?
Foto de: Divulgação / Santuário Nacional
Padre Valdivino Guimarães: "A Academia mantém
uma biblioteca e um centro de documentação,
pesquisa, estudos e de consultas, que suscita e
incentiva a divulgação de material especializado
na temática mariana, em suas várias dimensões:
histórica, teológica, pastoral, sociológica,
antropológica, litúrgica, ecológica e literária"
Padre Valdivino Guimarães – Assumo a Academia Marial de Aparecida com muita dedicação. É um centro acadêmico que já tem 30 anos de existência. Muitos sacerdotes, missionários redentoristas já assumiram essa responsabilidade. A Academia Marial tem uma grande missão com o Santuário Nacional e com a arquidiocese de Aparecida, que é zelar pela devoção e pela divulgação do nome da Virgem Mãe de Deus e nossa.
Assumo com muita preocupação em corresponder à missão que a mim foi confiada, mas também com muito zelo e dedicação. Sou muito devoto de Nossa Senhora, sempre gostei de divulgar o nome dela e de bendizê-la, que é a função de todos nós, católicos, cristãos e, mais precisamente, os missionários redentoristas.
JS – A Academia completa 30 anos de existência em 2015. O que está sendo preparado para comemorar a data?
Padre Valdivino – A Academia Marial, no próximo mês, dia seis de julho, comemora 30 anos. Já conversando com o cardeal Raymundo Damasceno, temos alguns objetivos. Um deles é o Congresso Mariológico e também uma Assembleia.
Temos o objetivo de, por ocasião da comemoração dos 30 anos, celebrar o patrono da Academia Marial, São José de Anchieta. Pretendemos fazer uma celebração por ocasião das festividades dele e, no dia 16 de julho, que é propriamente o dia em que a Academia foi fundada, celebrar uma eucaristia no Santuário Nacional, rendendo graças a Deus em ação de graças e pelos muitos associados que contribuíram para que ela chegasse aonde chegou e se tornasse o que é hoje.
JS – Há pessoas que ainda não conhecem a Academia e acreditam que se trata de um local de estudos para religiosos. Como se dá a participação dos leigos?
Padre Valdivino – A Academia constitui o centro de estudos, reflexões e pesquisas da teologia mariana e da devoção do povo a Nossa Senhora. Como entidade no Santuário Nacional, busca refletir sobre a pessoa e o lugar de Maria no projeto de Deus e na vida da Igreja, através da teologia e de todas as formas científicas de análise da fé.
Para cumprir essa missão, a Academia é formada por uma associação e podem fazer parte dessa associação, não somente bispos, padres e religiosos, leigos também.
A Academia é voltada a estudiosos, pesquisadores, artistas, escultores que se dedicam à temática mariana, estando aberta para todos aqueles que são devotos e que se dedicam à pesquisa. Está aberta para leigos e, por sinal, temos leigos e leigas que colaboram muito.
Todos aqueles que são associados têm o dever – faz parte das normas, dos estatutos da Academia – de produzir. Então, esses leigos, padres, seminaristas, bispos, tendo a possibilidade de produzir, por exemplo, um texto, uma poesia, uma música, uma obra de arte, podem encaminhá-los à Academia Marial. Muitos fazem doações de livros, textos e teses acerca dessa temática – até mesmo obras de artes – e doam para a Academia Marial. Quando se tratam de textos, publicamos no site da Academia Marial, que está dentro do portal A12.com.
JS – Há quantos associados hoje e qual o perfil dessas pessoas?
Padre Valdivino – Temos em torno de 400 associados, mas pretendemos aumentar esse grupo. Estamos desenvolvendo um projeto de divulgação para que a academia torne-se mais conhecida. É sabido que, na época da fundação, havia um número muito significativo de associados e, até onde é sabido, trata-se da única academia voltada para a devoção à Nossa Senhora existente no país.
JS – Qual a importância de se promover um estudo aprofundado sobre a devoção mariana?
Padre Valdivino – O objetivo principal da Academia é fazer com que o nome da Virgem Mãe de Deus seja divulgado e a devoção à Nossa Senhora seja espalhada. E, como ela faz isso? Por meio de todas essas atividades, sem contar que a Academia Marial está no maior santuário mariano do mundo.
A Academia mantém uma biblioteca e um centro de documentação, pesquisa, estudos e de consultas, que suscita e incentiva a divulgação de material especializado na temática mariana, em suas várias dimensões: histórica, teológica, pastoral, sociológica, antropológica, litúrgica, ecológica e literária.
Desenvolvemos também a formação dos cristãos, para que conheçam melhor a pessoa e a missão da Mãe de Deus na história da Salvação, esclarecendo a sua presença nos dogmas, na liturgia e nos diversos títulos. Promovemos diálogo ecumênico, inter-religioso para estudar e aprofundar o mistério do significado do papel de Maria.
JS – Há algo preparado pela Academia para o Jubileu dos 300 anos de encontro da Imagem?
Padre Valdivino – Estamos nos aproximando dos festejos dos 300 anos e a Academia Marial merece destaque por estar comemorando 30 anos e fazer parte, também, do Tricentenário. Um dos nossos objetivos é fazer com que todos os eventos que vão acontecer na Academia Marial, até 2017, possam confluir para o Tricentenário. Todo o trabalho que será desenvolvido estará em sintonia com esse grande Jubileu.
O nosso objetivo, até 2017, é criar congressos, assembleias, exposições de obras de arte, para fazer com que a Academia seja mais conhecida, e divulgarmos o nome de Nossa Senhora para todos. E um dos objetivos do Santuário Nacional é fazer com que a Academia seja não só conhecida mas, quem sabe, com a graça de Deus e a intercessão de Nossa Senhora, possa transformar-se em uma Faculdade Mariana.
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