Por Jornal Santuário Em Notícias

Pastoral do Turismo exerce papel fundamental de evangelização

Foto: Eduardo Gois / JS

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Dom Anuar Battisti: "Pastoral do
Turismo é, na sua compreensão
original, ter pessoas preparadas
nos lugares de turismo, para que
façam um trabalho evangelizador"

O número de turistas que encontram na fé a motivação de suas viagens cresce a cada ano. Desde 2009, o Ministério do Turismo (MinTur) mantém um Grupo de Trabalho (GT) voltado exclusivamente para o setor. Calcula-se que cerca de nove milhões de viagens domésticas são realizadas anualmente por ocasião de peregrinações e visitas a lugares considerados sagrados pelas religiões. Isso equivale a cerca de 4% do total das viagens realizadas dentro do país.

Dados tão expressivos exigem respostas concretas. Saber acolher de forma adequada os peregrinos que colocam o pé na estrada é uma das exigências fundamentais.

No Brasil, a Pastoral do Turismo, desde 2004, teve muitos desafios, mas amadurece a cada dia. Embora a coordenação nacional tenha sido estruturada apenas em 2010, já exerce um papel fundamental de evangelização com novos métodos, com pessoas envolvidas na prática do turismo, tanto aquelas que se deslocam pelos mais variados motivos como as que estão envolvidas em todo o processo, contribuindo para que, ao regressarem aos seus lares, possam inserir-se na comunidade local, assumindo um compromisso concreto e visando a transformação e construção de uma sociedade justa e solidária.

As ações desenvolvidas buscam evangelizar através da descoberta da presença de Deus na beleza da criação, nas manifestações culturais e religiosas e em todos os seus âmbitos. A diversidade cultural aparece como fato positivo nesse contexto, uma vez que as viagens tornam-se oportunidades que favorecem o encontro, o diálogo, a tolerância, o respeito e a mútua compreensão. A Pastoral do Turismo no Brasil trabalha de forma inter-religiosa com as quatro principais matrizes – cristã, afrodescendente, oriental e nativa.

O arcebispo metropolitano de Maringá, dom Anuar Battisti, é o prelado referencial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para o trabalho com o setor. Ele explica que o desafio principal da Igreja é fazer com que entendam que Pastoral do Turismo não significa simplesmente fazer turismo, viajar ou passear. “É na sua compreensão original, ter pessoas preparadas nos lugares de turismo, para que façam um trabalho evangelizador”, esclarece.

Para ele é mais que oferecer um bom cardápio, um bom hotel, não somente oferecer uma infraestrutura. É fazer um trabalho de acolhimento. Ele cita o próprio Santuário Nacional como bom exemplo de acolhimento.

Também observa outras iniciativas, como o movimento da Renovação Carismática que faz no Estado do Paraná o Jesus no litoral. “Depois do natal, no período de férias, jovens vão evangelizar na praia com a música, canto, teatro, esporte, contato pessoal, shows, missa, terço. Isso é outra evangelização que também faz parte da missão de evangelizar, que é pastoral.”

Dom Anuar Battisti também lembra que durante a copa do mundo, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), organizou missas, cultos e diversas atividades pastorais, nas cidades-sede do Mundial. Foram inúmeras iniciativas de acolhimento aos estrangeiros.

 

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