Com o tema Jovem, ofereça e se abra ao perdão!, a missa do último dia da Semana da Juventude foi presidida pelo bispo emérito de Taubaté (SP), dom Carmo João Rodhen. Ele apontou à juventude as consequências da falta do perdão. Durante a semana, bispos e padres discutiram o papel e as posturas dos jovens na Igreja.
O convite feito aos jovens nesta celebração foi para que vivessem intensamente, procurando conhecer a Deus e a Jesus Cristo. Além disso, o bispo pediu a eles que fossem exemplos em suas atitudes, ressaltando que é preciso que a juventude tenha um coração mais cristão e que seja menos individualista.
Foto de: Allan Ribeiro / JS

"O jovem deve descobrir a presença naquele
que perdoa a todos e que deu a vida para ele",
diz dom Carmo
No início da homilia, o presbítero salientou a dificuldade de ser cristão. Ele afirmou que para isso se exige uma decisão de caráter fundamental, ou seja, optar por algo, separando-se daquilo que não é de Cristo.
Nesse contexto, Dom Carmo diz que uma das limitações dos católicos é perdoar e acolher o perdão. Ele coloca que o saber perdoar não vem de hoje para amanhã, mas vai sendo aprendido principalmente por meio da palavra do Senhor e pelos gestos de acolhimento.
“O perdoar é divino. Deus perdoa sempre. Os pecadores são quem têm dificuldade em pedir o perdão ou então de dá-lo. Por isso, não há transformação e conversão. Para que possamos perdoar é necessário que tenhamos de nossa parte a audição da palavra, a conversão a Cristo, para haver conversão ao outro”, pontua o presbítero.
O próprio acolhimento é o espaço mais apito para que aja o perdão, ou, ao menos, um clima nesse sentido, expressou dom Carmo. Ele classifica que a Igreja deve aprender como acolher aos jovens, que, muitas das vezes, não possuem uma base familiar sólida.
A discussão em torno da juventude, trazida pelo bispo, faz com que o músico André Somensari, de Taubaté, perceba que, cada vez mais, os jovens estão integrados e acolhidos pela Igreja. Ele, que se apresenta em um dos módulos do Hallel Aparecida, acredita que essa abertura é muito importante para que os jovens sintam o desejo de servir a Deus.
“A Igreja tem aberto o espaço para os jovens serem protagonistas. É muito importante e só rejuvenesce nossa Igreja. A juventude é o pulsar, o combustível para que a Igreja esteja cada vez mais renovada e santa. Temos o Papa Francisco, tão amigo da juventude, que nos aproxima da Igreja”, ressalta o jovem.
Dom Carmo conclui dizendo que o desafio do jovem na Igreja é ser acolhido e promovido, mas que já existem diversos documentos que podem auxiliar nessa tarefa. Todos os movimentos que falam do laicato e da juventude tratam disso com um acolher humano e cristão, segundo o presbítero. “Eles perfazem uma fatia importante do seguimento leigo. Eles como jovens devem ser promovidos para fazerem a Igreja ser jovem. À medida que o jovem é Igreja, ela rejuvenesce”, frisa.
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