Por Carolina Alves Em Notícias

Quarteto empreende com aplicativo que reduz acúmulo de panfletos

Foto de: Divulgação / Grupo Proativ

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Da esquerda para a direita: Arildo, Felipe, João e Rodrigo são os idealizadores do aplicativo PraJá

Empreendedorismo. Empreendimento. Empreendedor. Empreender. De uns tempos para cá, essas palavras se tornaram eco cotidiano. Para quatro jovens do Vale do Paraíba, no interior de São Paulo, o título de empreendedor se concretizou quando a imaginação criativa deu lugar aos contornos práticos do PraJá. O aplicativo para smartphones tem o intuito de evitar que o consumidor se perca em meio as montanhas de panfletos distribuídos por lanchonetes e restaurantes.

 

 

“O PraJá surgiu como um aplicativo alternativo aos que já estão disponíveis atualmente. A principal intenção é divulgar as informações básicas dos estabelecimentos, inicialmente do Vale do Paraíba, em uma plataforma atual, na qual os usuários possam acessar a qualquer momento por meio do smartphone, sem a necessidade de procurar os famosos flyers de lanchonetes e restaurantes por toda casa”, explica o analista de sistemas, de 22 anos, Arildo Oliveira Silva.

Por conta da experiência, coube ao jovem de Cachoeira Paulista (SP) a codificação do app. O time ainda é composto pelo analista de sistemas de Lorena (SP), Luís Felipe Alves de Carvalho, de 23 anos. Ele é responsável pelo desenvolvimento do design e pelos testes, a fim de tornar o produto amigável ao usuário e de fácil utilização. O “homem dos negócios” é o engenheiro de Cruzeiro (SP), João Patricio Garcia, de 27 anos. O conterrâneo de João e desenvolvedor, Rodrigo Luís da Silva Rodrigues, de 27 anos, fez o suporte de todos os procedimentos. Juntos, os sócios dão andamento à divulgação e à negociação do sistema para com os estabelecimentos.

Arildo, Felipe, João e Rodrigo se conheceram no curso de pós-graduação. A união das mentes empreendedoras, movidas pela ousadia de já cravar a bandeira da equipe no futuro, construiu o alicerce de todas as ideias, a startup Grupo Proativ. Aliás, startup é mais uma voz no eco diário e, basicamente, significa uma empresa iniciante com custos de manutenção baixos e expectativa de lucros rápidos.

A iniciativa se dedica a oferecer gratuitamente aos universitários, maioria que usufrui do serviço de entrega a domicílio, um facilitador na hora de escolher onde saciar a fome. Isso porque a plataforma se orienta pela seleção do tipo de ambiente desejado – uma pizzaria, por exemplo –, da cidade na qual o recinto deve se localizar e do valor que se pretende pagar. “É possível visualizar o cardápio dos estabelecimentos, realizar uma ligação para fazer o pedido ou abrir o navegador GPS para levar o usuário do aplicativo até o local”, completa Felipe. 

Desafios são feitos para serem superados

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O aplicativo é o número de abertura da startup. No entanto, antes de ser apresentado ao público, como de costume, passou por alguns ensaios. Durante esses momentos, o quarteto repleto de concepções individuais encarou o primeiro desafio, fazer com que as mentes dos roteiristas trabalhassem em uníssono. A solução é a mesma desde então, deixar o individual de lado para focar no utilizador. A atitude empática ajuda os rapazes a não restringir o produto apenas ao olhar dos componentes, mas estender aos que farão uso dele.

A estratégia parece certeira, já que os elogios e a receptividade do público renderam um 4,9 na avaliação de 5 estrelas do Google Play Store, onde o programa está disponível. A aceitação por parte dos proprietários dos empresários, os patrocinadores do projeto, não é diferente. A criatividade do negócio e os planos de contratação de preços acessíveis são os chamarizes. Todavia, a captação de clientes permanece como empecilho a ser removido, uma vez que a maioria dos comércios não possui presença digital. Na visão da equipe, as motivações são idade e falta de compreensão de que o mercado web é instrumento efetivo de ganho para a empresa, independentemente do porte.

Nesse caso, a aposta é começar em ordem decrescente. Conquistar os estabelecimentos considerados maiores, a fim de que os menores, mais confiantes na proposta, também entrem para o time de investidores. Outro fator bastante trabalhado é a regionalização. Estar no Vale do Paraíba propicia o marketing do produto, pois promove uma relação mais pessoal com os clientes. Além disso, a famosa divulgação “boca a boca” tem sido item indispensável para fazer o plano rolar. “Um fator que também é benéfico em empreender com um aplicativo regional é conhecer os gostos dos habitantes da região, permitindo com que procuremos adicionar locais que tenham similaridade aos gostos, atendendo a demanda de todas as camadas”, destaca João.

A rotina cronometrada dos integrantes se coloca como mais um gigante a ser combatido. A procura pela forma ideal de ser reunir para tocar a iniciativa em frente é amenizada pela internet. Porém, a atuação conjunta do quarteto em cada parcela do processo, segundo eles, é trabalhosa e, por vezes, cansativa. Mas nada supera o comprometimento do grupo em fazer acontecer. Com ajustes aqui e ali, os rapazes estão aprendendo a administrar melhor o próprio relógio, enquanto sonham com o futuro do software. Aliás, já adiantam: logo o app estará disponível na Apple Store.

“O próximo passo é focar em nos estabelecermos na região como empresa desenvolvedora de soluções web e mobile. O PraJá é apenas o início de uma série de novas ideias que estão por vir. A tecnologia da informação é o futuro e nós queremos fazer parte dele de forma concreta. Realmente acreditamos que o céu é o limite”, finaliza Rodrigo.

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