Conhecer mais sobre Maria e o exemplo que ela deixou como discípula e missionária e aplicar esses ensinamentos na vida pessoal e na comunidade.
Esse é o pensamento de quem vivenciou a programação do VIII Congresso Mariológico, realizado entre 29 de maio e 1º de junho pela Academia Marial no Santuário Nacional de Aparecida.
Com o tema Chave de Leitura da Missão Evangelizadora da Igreja no Brasil e o subtema Encontro, Mística e Missão, o encontro reuniu 160 congressistas, entre leigos, religiosos e estudantes de teologia.
Foto de: Deniele Simões / JS
Pe. Clayton Sant'Anna destaca alto nível dos palestrantes
e congressistas
Selma Aparecida de Andrade, que atua na Pastoral Educacional na cidade de Cubatão (SP), viajou mais de 200 quilômetros para participar e diz que voltará para casa muito mais capacitada. “Esse Congresso traz conhecimento e desenvolvimento para o nosso dia a dia dentro da paróquia. Como pessoa a gente se forma e se desenvolve tanto intelectualmente como quanto devota de Nossa Senhora”, pontua.
A agente de pastoral participa do Congresso pela quinta vez e acredita que, além do conteúdo das palestras, trata-se também de uma oportunidade para a troca de experiências com outros congressistas.
Já Sônia Xavier, de Cascavel (PR), participou pela primeira vez e vê no Congresso uma ocasião para aprofundar o conhecimento sobre Maria e aplicá-lo na vida pessoal e pastoral. “No meu dia a dia, no trabalho e na paróquia posso estar colaborando mais, ajudando pessoas, principalmente na questão da acolhida”, justifica.
Na avaliação do diretor da Academia Marial, padre Antônio Clayton Sant´Anna, o congresso tem ganhado a cada ano com o amadurecimento do público e a participação de palestrantes gabaritados.
Tema inspirado pelo Papa Francisco
Na abertura do congresso, o bispo auxiliar de Aparecida, dom Darci José Nicioli, ressaltou o esforço da Academia Marial de ser cada vez mais um espaço qualificado de evangelização mariana. Ele também lembrou que este é o primeiro Congresso após a canonização do santo, que é patrono da Academia e considerado o primeiro mariólogo do Brasil.
Segundo padre Clayton, o tema foi sugerido pelo cardeal arcebispo de Aparecida e presidente da Academia, dom Raymundo Damasceno Assis, que citou o discurso do Papa Francisco ao episcopado durante a Jornada Mundial da Juventude.
“De fato, foi providencial. Então, submeti à apreciação do padre Everton e do padre Joãozinho, da Faculdade Dehoniana, parceira no Congresso, e eles acrescentaram três subtemas: encontro, mística e missão”, relata.
De acordo com ele, os três subtemas entrelaçam-se com a figura de Nossa Senhora e com a exortação apostólica Evangelii Gaudium. “Tudo mostrando como se concretiza o encontro, como produz a mística pessoal, que contagia a pessoa e que quer também contagiar os outros através da evangelização”, completa.
Palestras e debates
A programação do Congresso incluiu palestras, debates, celebrações eucarísticas, momentos de oração e louvor mariano. O primeiro dia foi dedicado ao subtema Encontro.
A palestra de abertura ficou a cargo do teólogo, sacerdote e professor da Faculdade Dehoniana, padre João Carlos Almeida (SCJ), o padre Joãozinho. Ele abordou o tema Maria e a “cultura do encontro”.
De modo bastante didático, o palestrante fez uma explanação sobre o Congresso e contextualizou a plateia sobre a cultura do encontro proposta pelo Papa Francisco. Ele centralizou a explanação em dois encontros fundamentais na vida de Maria: com a prima Izabel e com o Anjo Gabriel, quando recebeu o anúncio que seria a mãe do nosso Redentor.
Foto de: Deniele Simões / JS
Para Selma Andrade, Congresso
proporciona conhecimento e
desenvolvimento intelectual aos
participantes
Ao falar sobre essas passagens, padre Joãozinho destrinchou os sete passos de Maria Missionária e os sete passos de Maria enquanto Discípula, cuja experiência mística remete ao encontro.
Logo após, padre Joãozinho abriu os microfones ao debate do tema com a plateia. O segundo palestrante do dia 29 de maio foi dom Darci José, que abordou o tema O Santuário como local de encontro, no período da tarde.
No segundo dia, as palestras foram voltadas ao subtema Mística. Na parte da manhã, o teólogo e mariólogo irmão Afonso Murad falou sobre A mística mariana da Alegria do Evangelho.
Baseada na exortação do Papa, sob a ótica mariana, a palestra foi um convite ao aprofundamento no documento e também para que os cristãos sintam-se chamados a contribuir no processo de renovação da Igreja.
Irmão Afonso mostrou Maria como uma pessoa disponível, ousada e que tem saída, como propõe Francisco na Evangelii Gaudium. “Como aquela que acompanha o seu filho Jesus e a própria comunidade cristã e como aquela mãe amorosa que está junto de nós, nos levando a Jesus”, completa.
À tarde, o padre Alexandre Awi de Mello ministrou a palestra A mística missionária do Santuário e da Romaria.
No terceiro dia, as palestras versaram sobre o subtema Evangelização. A irmã Sônia Delforno debruçou-se sobre o tema A estrela e mãe da nova evangelização, na parte da manhã. À tarde, o missionário redentorista padre Marlos Aurélio da Silva falou sobre O estilo mariano da Nova Evangelização.
A programação teve vários debates, tendo como principais mediadores padre Evaldo César de Souza, dom Darci José Nicioli, irmã Sônia Delforno, padre Joãozinho e padre Alexandre Awi. O Congresso foi encerrado com uma missa no Santuário Nacional, presidida por dom Raymundo Damasceno Assis.
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