Imagine viver uma realidade completamente limitada por uma doença terminal. Agora, encontre um propósito e descubra formas de seguir esse objetivo mesmo com falta de recursos, com sofrimentos físicos reais e, ainda assim, conseguir encontrar maneiras de usufruir de momentos de intensa felicidade, mesmo que por um tempo limitado, pois, como diz o escritor John Green em seu livro: “Alguns infinitos são maiores que os outros”.
Lendo esse relato, você pode imaginar que se trata de uma mensagem de autoajuda barata, ou que é apenas uma fantasia adolescente. Afinal, a realidade é mais difícil e seria muito improvável alguém viver dessa forma, principalmente porque uma doença terminal é um diagnóstico definitivo demais para trazer felicidade. A única coisa a se fazer é pôr a culpa nas estrelas.
O que acontece, entretanto, quando o cenário é menos definitivo e pode sofrer a interferência de nossas escolhas? É possível direcionar nossos esforços para vivermos experiências incríveis?
Tenho visto jovens absolutamente frustrados por não alcançarem seus sonhos rapidamente, considerando a falta de resultados magníficos como absoluto fracasso pessoal. Diante dessa realidade, buscam freneticamente novos caminhos, mudando suas escolhas diante de oportunidades superficiais, mas que apresentam possibilidades mínimas de satisfação. Essa atitude faz do jovem um indivíduo mais frágil e superficial em relação às próprias escolhas, tanto na vida profissional, como na pessoal, fazendo com que demonstre indignação e paralisia diante do fracasso.
O cenário, contudo, está se transformando, afinal, o jovem está aprendendo a superar o fracasso da mesma forma que as outras gerações tiveram que aprender – através das próprias cicatrizes.
Buscar desafios e aprender a superá-los, mesmo com as frustrações e fracassos inevitáveis, é como ganhar cicatrizes definitivas. Contudo, é importante lembrar que a felicidade intensa pode se realizar em pequenos ou grandes momentos, mas somente acontecerá se as escolhas estiverem revestidas de um propósito intenso, afinal, nem sempre a culpa é das estrelas.
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