Medo da morte, medo de ser abandonado, de sofrer por amor. Medo de altura, de cobra ou de cachorro. São tantos os medos que assolam a vida dos jovens, que fica difícil elencar os principais.

Essa sensação ruim se manifesta desde o nosso primeiro dia de vida, até o último. E costuma ser mais autêntica no período de transição entre a adolescência e a juventude. De acordo com a psicóloga Nereida França, o medo é mais natural neste momento por conta da constante vivência com o novo. Enfrentar diferentes experiências também pode desestabilizar nosso lado emocional. “É um momento de várias escolhas, opção profissional, identidade sexual, enfim, conflitos da própria fase”.

A formação da identidade e a busca incessante pela construção de uma imagem também gera uma grande insegurança que assola os jovens. Eles têm a popularidade como ideal, e temem profundamente serem excluídos do convívio social.

Definindo um sentimento - Para a psicologia, o medo é um estado que transita entre o afetivo e o emocional, necessário para o organismo humano. “É uma emoção que se caracteriza por um intenso sentimento habitualmente desagradável, provocado pela percepção de um perigo, seja ele presente ou futuro, real ou suposto”, explica Nereida.

Mesmo que o medo seja uma sensação natural, e, por vezes, benéfica, ele também pode se tornar doentio. “Se o organismo reagir de forma exagerada, o estado de alerta benéfico ao indivíduo transforma-se em um estado patológico”. Nestes casos, o indivíduo pode desenvolver problemas de ansiedade, síndrome do pânico, depressão, estresse, dentre tantas outras enfermidades.