Para começar a falar sobre esse tema é preciso precisá-lo um pouco melhor. A qual realidade estamos nos referindo quando falamos de uniões livres? Estamos falando de quando duas pessoas decidem passar a vida juntos, mas fora do sacramento do matrimônio. Tendo isso em mente, o que podemos falar sobre a relação da Igreja com essas pessoas? Como ela as entende? O que quer fazer por elas?
Penso que a visão mais difundida pelos meios e por certos grupos ideológicos seja a da Igreja acusadora, que aponta o dedo e grita “pecador”, “impuro” e coisas pelo estilo. A Igreja não é isso. A Igreja é como Maria, nossa mãe. Ela ama os homens, porque vê em cada um deles a imagem de Jesus.
Uma mãe costuma ter mais experiência que os filhos nas coisas relacionadas à vida. Podemos dizer que a Igreja é uma mestra em humanidades, porque já são mais de dois mil anos buscando ajudar os homens a se encontrarem com Deus e porque o homem por excelência, Jesus, é a sua cabeça. Com toda essa experiência em humanidades, a Igreja propõe aos homens e mulheres uma vida que os levará a serem plenamente humanos.
Nessa proposta de vida Cristã da Igreja, um tema central é a necessidade que temos de Deus. A Igreja sabe que somos frágeis e que para sermos realmente felizes precisamos de Deus em nossas vidas. Com os sacramentos instituídos por Jesus e confiados à Igreja, Deus entra de uma maneira especial em nossas vidas. Quando nos confessamos, recebemos o abraço misericordioso do Pai; quando comungamos, Jesus entra em nós e vai nos convertendo cada vez mais a Ele; quando recebemos a unção dos enfermos, recebemos uma força especial do Senhor para perseverar no momento de tribulação, e é assim com todos os sacramentos.
O Sacramento do Matrimônio é a maneira que Deus escolheu para poder participar mais profundamente da vida do casal. Por meio desse sacramento, os cônjugues “aperfeiçoam o amor entre eles e fortificam a sua unidade indissolúvel. Por esta Graça, eles se ajudam mutuamente a santificar-se na vida conjugal, como também na aceitação e educação dos filhos.” (Cf. Catecismo da Igreja Católica, #1641).
Como a Igreja vê, então, a união livre? Penso que uma maneira de colocar é a seguinte: Ela não vê a união, porque está atenta às pessoas. Ela olha as pessoas e deseja ardentemente que o amor que elas vivem seja pleno e sabe que só Cristo pode fazê-lo realmente pleno. Nesse sentido, a Igreja ansia por fazer com que Cristo seja o centro da vida dessas pessoas e o apresenta sempre como O Caminho entre tantos caminhos que nos são propostos hoje em dia. Ela não condena, não afasta, não repele, não aponta o dedo. Ela simplesmente mostra uma proposta, que na verdade é uma pessoa, Jesus. Essa proposta pode ser aceita, ou não.
Para terminar, quero deixar um texto que está no Catecismo, mas que é de Tertuliano. Se encontra no número 1642.
«Onde irei buscar forças para descrever, de modo satisfatório, a felicidade do Matrimónio que a Igreja une, que a oblação eucarística confirma e a bênção sela? Os anjos proclamam-no, o Pai celeste ratifica-o [...] Que jugo o de dois cristãos, unidos por uma só esperança, um único desejo, uma única disciplina, um mesmo serviço! Ambos filhos do mesmo Pai, servos do mesmo Senhor; nada os separa, nem no espírito nem na carne; pelo contrário, eles são verdadeiramente dois numa só carne. Ora, onde a carne á só uma, também um só é o espírito»
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