Por Everton Lucas Em Crescendo na Fé Atualizada em 26 SET 2017 - 14H22

Em tempos de WhatsApp...

WhatsApp

Agora todo mundo já sabe como fazer para parar o país. Tirem o Whatsapp da vida do brasileiro que você verá as pessoas entrarem em pânico. Nos últimos dias vivenciamos uma situação como esta e realmente nos serviu para obter a certeza de que somos dependentes deste aplicativo que aos poucos foi entrando na nossa vida e hoje não sabemos mais como administra a própria (vida) sem o uso desta ferramenta digital. Mas afinal, o que mudou na nossa forma de viver a nossa religiosidade após a criação desta tecnologia que hoje permeia todo o nosso cotidiano?

Poderíamos aqui abordar várias temáticas que dizem respeito ao advento das novas tecnologias digitais e seus impactos na sociedade. Porém, o que iremos falar hoje neste artigo é sobre o reflexo gerado pela tecnologia, especificamente pelo aplicativo de mensagens Whatsapp na nossa forma de viver a fé.

 

Uma delas, que inclusive é a base do discurso salvífico de Jesus, é AMAR AO PRÓXIMO. Este discurso sofreu algumas alterações nesta era tecnológica, ou pelo menos as interpretações parecem ter ficado distorcidas.

A chegada dos aplicativos de um modo geral (Twitter, Facebook, Instagran...) trouxe inúmeras vantagens para o nosso dia a dia, mas consigo também vieram coisas que acabam transpassando algumas virtudes que nós cristãos deveríamos preservar e ter cuidado para não serem deturpadas. Uma delas, que inclusive é a base do discurso salvífico de Jesus, é AMAR AO PRÓXIMO. Este discurso sofreu algumas alterações nesta era tecnológica, ou pelo menos as interpretações parecem ter ficado distorcidas.

Hoje em dia, quem afinal é o meu PRÓXIMO? A noção de proximidade foi alterada e assim também se altera a concepção religiosa que a expressão carrega. Próximo agora não é somente aquele que se encontra geograficamente perto de mim, mas sim quem está sempre online no Whatsapp, ou que está sempre postando fotos nas redes sociais e etc. Tanto é que temos o costume de dizer para uma pessoa que pouco está online nas redes: “Nossa como você está sumido!”. E então como aplicar a ideia de amor e fraternidade nesse novo contexto digital?

Fácil não é, principalmente porque tem muita gente por aí achando que esse amor no qual Jesus fala pode ser simplesmente substituído pela digitalização desta virtude. O exemplo de amor que Jesus nos dá é aquele amor concreto, transformado em ato e que atinge diretamente o amado.

Claro que podemos vivenciar o amor em tempo de rede, mas nunca podemos perder o foco deste exemplo tão forte de Jesus por nós. O amor digitalizado corre o risco de ser banalizado. Devemos levar conosco todos os princípios que norteiam a vida do cristão para as nossas redes sociais, mas nunca podemos deixar de lado nossas ações concretas.

No começo, quando falei do bloqueio temporário do Whatsapp, quis recordar o quanto entramos em certo desespero quando ficamos sabendo da notícia. Aquilo que estava próximo a nós de repente se encontrara distante e então sem saber como nos comunicar ficamos nervosos. Parece que até que o mundo se desconectou de nós e de repente tudo se bagunça. Em tempos de Whatsapp nos distanciamos do que está próximo e nos aproximamos do que não temos domínio por completo.

A virtude de se estar em rede é encontrada quando nós, usuários, sabemos definir a realidade do digital. Somos pessoas reais que interagem em rede, mas não podemos deixar que a rede tenha o controle desta interação social na qual devemos nos dispor.

Muito menos deixar que esta rede nos faça enxergar de maneira contrária a forma como devemos vivenciar nossa fé. É sabendo ser um cristão conectado que conseguiremos realmente usufruir da tecnologia criada pelo homem com o auxílio de Deus, tendo sempre em vista aquilo que Jesus nos ensina e sabendo viver o tempo atual na intensidade evangélica.


Escrito por
Everton Lucas (Fotos Everton Lucas)
Everton Lucas

Apresentador e estudante de comunicação.

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