O que acontece no Natal é algo tão extraordinário que, muitas vezes, pode nos passar despercebido. Algo similar acontece quando olhamos o céu azul em um dia espetacular e não conseguimos mais apreciar que fantástico é que as coisas sejam como são. Ter essa capacidade de assombro frente à realidade é uma característica que está ficando cada vez mais difícil de encontrar, porque para assombrar hoje se requer um esforço muito grande. As pessoas parecem estar acostumadas ao que acontece ao seu redor, achando tudo “normal”, tudo passa pelos seus olhos, mas pouca coisa entra nas suas almas.
E infelizmente isso pode acontecer com o evento único e incrível que é o Natal. Deus se faz homem em uma criança chamada Jesus, que nasce de uma simples menina de Nazaré. É preciso “tirar o pó” dessas palavras, tão conhecidas e talvez desgastadas, para que possamos contemplar o maior presente que Deus nos fez e que continua nos fazendo. Ele, tendo feito de tudo para conquistar os nossos corações que, muitas vezes, está longe do seu amor, nos concede o seu Filho único, Deus mesmo, para que voltemos os nossos corações e vidas para o Bem, a Verdade, o Caminho que conduz de volta a Ele.
Deixemo-nos assombrar nesse Natal com o presente que Deus nos faz.
É preciso que essa verdade entre no mais profundo de nós mesmos, porque é para chegar até lá que ela veio até nós. Somente se abrimos e deixamo-la chegar aos locais mais íntimos e pessoais, lá onde estão as tristezas mais profundas, as alegrias mais autênticas, os pecados que parecem mais irreconciliáveis e as virtudes que nos podem tornar melhores, somente chegando lá é que essa verdade vai realmente mostrar todo o seu poder de renovação, de vida nova, de reconciliação. Conhecer a Jesus e não deixar que Ele entre até esse ponto, é o mesmo que chegar à porta do céu e não querer entrar. É receber o maior dos presentes e não querer abrir.
Abramos o presente! Não é fácil, com certeza, mas é o que o nosso coração deseja de verdade. E não é fácil, porque exige mudança, conversão, sacrifícios, exige ser sinal de contradição, carregar a própria cruz sem olhar para trás, exige finalmente a própria morte a tudo aquilo que nos afasta de nós mesmos, dos outros e de Deus.
A Paz de Cristo, a vida em abundância, o Caminho, a Verdade, a nossa identidade de Filhos de Deus e a nossa vocação para estar junto a Ele para sempre, a alegria verdadeira, o sentido das nossas vidas, entre muitas outras coisas.
Deixemo-nos assombrar nesse Natal com o presente que Deus nos faz. Não se trata apenas de abrir os olhos, porque eles estão abertos e percebem as luzes e cores das celebrações do fim do ano. Trata-se de deixar que essa realidade entre mais fundo, de contemplar o mistério do Deus que, por amor infinito ao homem, se faz Ele mesmo um homem como nós. Trata-se de ter uma atitude como a de Maria que, vivendo intensamente aqueles dias, guardava todas essas coisas em seu coração e as meditava.
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