Começamos então nossa preparação para o Natal. O que acho mais legal na Liturgia da nossa Igreja é que enquanto uns bobos falam: “Nossa! Na sua Igreja é sempre a mesma coisa!”, a gente acaba vivendo essa repetição de um jeito diferente, é um novo de Deus a cada dia. A cada ano podemos vivenciar a história de Jesus de uma forma diferente, tudo sempre tem um novo sentido e assim é que se dá a vivência dos mistérios litúrgicos revelados a nós na Eucaristia.
Mas então como fazer para entender este “de novo” como o NOVO?
Todo mundo sabe (ou pelo menos deveria saber) que ir à igreja não deve ser uma obrigação, mas um ato de amor a Deus. Em muitos casos, tem gente que foi pressionado pelos pais a irem para a missa de tal forma que o faz mecanicamente mesmo depois de adultos a fim de cumprir uma norma imposta. Então! Essas pessoas que não são movidas pelo amor à Liturgia acabam achando tudo muito tedioso e chato.
“Nós precisamos acabar com esta consciência, até retrógrada, de achar que ir à Igreja é uma obrigação que quando não cumprida resulta em inferno. ”
Se formos olhar por este lado de palavras, gestos, senta e levanta, responde e faz silêncio, repetidas vezes, o rito parece mesmo um tanto quanto enfadonho. Mas é aqui que se encontra a diferença. Aquelas pessoas que estão dentro da assembleia de fieis e que estão ali movidas pelo amor a Deus, encaram esta missão (pois é isto que a missa significa) como o seu agir cristão, tirando dali toda a energia para cumprir com o papel de batizados e aprender sobre o amor. Afinal, o sacrifício de Jesus, celebrado na Eucaristia, nada mais é do que o maior ato de amor.
O Advento surge lá pelo século V, e desde então a Igreja tem o hábito de se preparar para o Natal de Jesus. Você já deve inclusive saber de cor e salteado a sequência das celebrações, a sequência das cores das velas a serem acesas e quantos domingos ficamos sem cantar o “Glória”. Mas este ano, quero te convidar a fazer e pensar diferente. Procure, dentro das celebrações, encontrar e ouvir de Deus qual a novidade que Ele te traz neste ano. O nascimento do Menino Jesus sempre traz vida nova para a Sua Igreja que somos nós.
Nós precisamos acabar com esta consciência, até retrógrada, de achar que ir à Igreja é uma obrigação que quando não cumprida resulta em inferno. Ir à Igreja é um voltar às fontes do amor, é afirmar que é bom ser cristão, é mostrar-se necessitado da graça e não ficar parado. Muita gente perde a chance de ter uma vida melhor por ainda praticar de forma mecanizada a celebração litúrgica. Ali está a fonte do nosso viver e desta fonte devemos beber. Isso não é poesia, é fato, é bênção!
Que neste Advento, nós possamos descobrir o novo de Deus na nossa vida e o que Ele traz a nós junto com seu nascimento. Deus nos abençoe e nos dê um bom ano novo litúrgico.
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