Por José Eymard Em Crescendo na Fé Atualizada em 26 SET 2017 - 14H54

Olhar projetado por Deus

Aparecida, sábado, 03 de outubro de 2015, 06 horas da manhã. Os sinos da Matriz Basílica e da torre do Santuário Nacional anunciavam a alvorada. Com aquele amanhecer, começava o primeiro de nove dias em preparação ao precioso 12 de outubro. Fogos de artifício também acompanhavam o repicar dos sinos. Era o início da novena rumo à Festa de Nossa Senhora Aparecida.

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Morar na cidade do encontro milagroso de uma Imagem da Senhora da Conceição e onde está o maior santuário mariano do mundo é mergulhar em um ‘mistério’ e se encantar por tudo o que ocorreu em quase 300 anos de história. Estar no Porto Itaguaçu, nas margens do Rio Paraíba, e imaginar como foi a pesca milagrosa é quase uma ‘obrigação’. Como não ficar curioso? Como não lembrar a história e, com a imaginação, ‘enxergar’ os três pescadores puxando as redes e encontrando o corpo de uma imagem?

Como é precioso entender o olhar dos pescadores que poderiam ter jogado o corpo da imagem ao rio, mas guardaram na canoa e após lançar novamente as redes encontraram a cabeça daquela escultura. O que se passou pelo coração daqueles homens, qual esperança tinham para não devolver o corpo da imagem? Porque guardar sem a cabeça?! Quanto tempo a imagem ficou nas águas? Mas quem a jogou? Que bom que não temos as respostas!

Assim como Deus é um mistério e o Criador não pode ser plenamente entendido pela criatura, assim também não entendemos todos os Seus desígnios. O encontro da imagem aparecida nas águas do Paraíba do Sul foi projetado por Deus e, celebrando quase 300 anos dessa pesca milagrosa, louvamos o Senhor que por seu amor nos deu de forma tão simples, pelas mãos de três homens sofridos, a imagem que representa nossa Mãe Maria, a Senhora Aparecida.

 

Ali é um encontro com Maria, mas também com Jesus. É a certeza de que as preces são ouvidas pela Mãe e levadas até o Filho.

Hoje são milhões que visitam anualmente a capital da fé brasileira. Muitos, como nos conta o poeta, só querem mostrar o “seu olhar, seu olhar, seu olhar”. Chegando pela Rodovia Presidente Dutra ao enxergar a Basílica se emocionam e entoam o canto mais popular dedicado à Padroeira do Brasil. Dai-nos a bênção é o clamor de quem veio de longe ou de perto. Entram no Santuário, participam da Santa Missa e, comungados pelo Filho Redentor, se preparam para visitar a Mãe Aparecida. Sobem a rampa que dá acesso ao nicho. Ainda não é possível enxergá-la, pois há tanta gente que a fila anda devagar. Aos poucos se aproximam e quando as lágrimas escorrem é sinal do início da troca de olhares com aquela a quem, desde criança, se aprendeu a invocar: minha Senhora, minha mãe. Em pé, ajoelhados, com as mãos para cima em sinal de prece ou tocando o vidro aos pés da Imagem. Não importa como seja. O momento é indescritível. Hora de agradecer, de fazer promessa, de rezar por quem precisa. Ali é um encontro com Maria, mas também com Jesus. É a certeza de que as preces são ouvidas pela Mãe e levadas até o Filho.

Já imaginou quantos olhares não admiraram Nossa Senhora? Quantos desde 1717 ajoelharam aos pés da Virgem mãe Aparecida para pedir que Ela estendesse o olhar sobre o chão de suas vidas, sobre cada um deles e sobre seus lares?

Quando estiver em Aparecida, na troca de olhares com a Mãe, não deixe de lembrar que você, estando aos pés de Nossa Senhora, também é projeto de Deus em uma história de quase 300 anos.

- Os pescadores se encontraram com a Senhora Aparecida e partilharam com o mundo essa alegria. Da mesma maneira, hoje, somos chamados a compartilhar com quem está a nossa volta essa mesma alegria de se encontrar com Nossa Senhora Aparecida. E é esse o trabalho dos Representantes da Campanha dos Devotos do Santuário Nacional. Quer saber mais? Acesse aqui.

Veja também o vídeo que a Campanha dos Devotos fez para relembrar o encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida:

Escrito por
José Eymard (Foto José Eymard)
José Eymard

Jornalista e ex-apresentador da TV Aparecida

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