Por Diego Sávio Em Dica de Cinema

Eu sou um “Minion”?

Como a animação "Minions" fala sobre nossa conversão

Não é de hoje que as animações divertem as crianças com seus coloridos e graças, mas também têm suas mensagens. Algumas subliminares outras escancaradas, há também as mensagens que não ficam claras para as crianças, mas para adolescentes, jovens e adultos antenados fica explícito pelo modo como compreendem o implícito. No filme Minions (Illumination, 2015) é deixado um recado interessante, ainda mais na atual situação da sociedade.

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Há uma cena no início do longa em que se explica a origem dos personagens – que foram apresentados, primeiramente, como coadjuvantes na animação Meu Malvado Favorito, de 2010 – e que também nos auxilia a compreender o “implícito explícito”: desde as células, passando por cada fase da minion-evolução, essas criaturinhas amarelas sempre procuram um vilão, um malvado para bajular.

Quando, em certo momento histórico, encontram um dinossauro carnívoro e, pela primeira vez, conseguem expressar uma palavra, o que um deles declara emocionado e em alto e bom som é: “CHEFE!”. O narrador, segundos antes, diz assim: “Eles são diferentes, mas todos têm o mesmo objetivo: servir ao mestre mais perverso que puderem achar”.

O quanto esses engraçados personagens, que sempre estão a repetir a palavra “banana”, dizem de nós mesmos? O quanto nós gostamos de bajular o que é ruim e assim eleger um “meu malvado favorito” para servir – quer seja uma pessoa ou uma situação, um sistema, ou até um erro, um pecado!

Vale lembrar que, mesmo em meio a situações engraçadas, em todos os filmes em que aparecem, sempre estão sendo, ora mal educados, ora zombadores, bem como maldosos ou até revoltados. Mas é claro: se busco servir ao pior, o que serei em minhas atitudes, no cotidiano, na vida?

Os carinhas são engraçados. Rio muito deles. Mas não deixo de fazer meu exame de consciência quanto à minha tendência de pecador em ser um “minion”, em sempre ser levado por minha concupiscência e acabar servindo ao pior que possa existir.

O pecado original nos machucou de tal forma que deixou em nós essa limitação: tendemos ao erro, se soltos ao nosso bel-prazer, nos tornamos os piores servindo a vilões.

Vamos rir sim desses amarelinhos que tomaram contas de quase tudo hoje em dia desde que surgiram há alguns anos nas telas do cinema, mas não vamos rir tanto a ponto de não pensarmos no quanto eles nos questionam. Abraço e paz!

Assista ao trailer dublado de Minions:


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