Neste 7 de setembro, dia em que se comemora a Independência do Brasil, mais de 40 integrantes da Campanha do Plebiscito Popular pela Constituinte vieram ao Santuário Nacional para esclarecer as dúvidas dos romeiros e recolher votos. Jovens que trabalharam em prol da democracia, aproveitando a visibilidade e o grande fluxo de pessoas de Aparecida (SP) para divulgar a causa.
A Campanha pela Constituinte no Santuário foi realizada em parceria com a 20ª edição Grito dos Excluídos, que trouxe milhares de pessoas à cidade. Leôncio Júnior, de 25 anos, um dos jovens que constroem a Campanha, contou-nos que além de muitas pastorais e movimentos juvenis católicos estarem engajados na luta pela Reforma Política, existe também uma rede de jovens evangélicos na discussão.
Ele ainda nos explicou a importância do Plebiscito e deu sua opinião sobre algumas manifestações contra a Campanha que foram observadas nas redes sociais. Confira a entrevista:
Jovens de Maria - Qual a importância do Plebiscito nesse período de eleições, neste ano que sucede às manifestações populares que aconteceram em 2013?
Leôncio Junior
Leôncio Junior - No ano passado, a gente testemunhou no país um movimento muito grande que mostrou como a juventude está descontente com a política. Por um lado, esse sentimento é bom, porque com ele é possível pensar na renovação da nossa política. Mas, por outro lado, se a gente não fizer uma discussão com a sociedade, a elite pode nos prejudicar.
A política é importante, é com ela que os seres humanos aprendem a viver juntos, a se organizarem, resolverem os problemas. É por isso que estamos construindo a Campanha do Plebiscito Popular. A gente está fazendo uma consulta à população com uma pergunta muito simples: se as pessoas são favoráveis ou contrárias à realização de uma Assembleia Constituinte Exclusiva para fazer a Reforma Política.
A gente entende que o atual Congresso, as atuais regras que regem o cenário político do Brasil, não representam a população, não dão conta de realizar as transformações que o país precisa, de avançar em muitas pautas favoráveis ao povo mais necessitado - que não tem capacidade de levantar muitos recursos para as campanhas eleitorais e fica excluído do processo político.
JM - Houve ações contrárias ao Plebiscito, pessoas alegando que seria um “golpe”.
Leôncio Junior - Esse Plebiscito visa a aumentar a discussão, aumentar a democracia. A gente não quer tirar os atuais governantes do poder nem passar o poder para mão de ninguém, o plebiscito popular não tem nada a ver com isso.
(O plesbiscito) "não é um golpe, alegar isso é uma desinformação muito grande"
É apenas propor uma maneira da gente mudar as regras do jogo. Mudar com mais participação da população. Não é um golpe, alegar isso é uma desinformação muito grande, feitas por setores que talvez queiram que as coisas permaneçam como estão. Mas, conversando com o povo nas ruas, a gente percebe que o Brasil pede por mudanças. Mudanças profundas para aumentar a democracia, e não para diminuir.
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