Jovens de Maria

São José: “Não se nasce pai, torna-se tal”

Escrito por Priscila Ferreira

11 DEZ 2020 - 10H03 (Atualizada em 19 AGO 2021 - 10H17)

Neste ano, mais de 80 mil crianças foram registradas sem o nome do pai, segundo a Central Nacional de Informações do Registro Civil (CRC). Talvez, você seja um(a) jovem, que vive as dores do abandono paterno e, especialmente nesse mês de agosto, sofra ainda mais com essa realidade, por conta do Dia dos Pais.

Sem relativizar ou romantizar essa triste realidade, a proposta é te dar esperança, especialmente nesse fim de ano. Deus sabe a importância de um pai na vida de uma pessoa, tanto é que deu a Jesus um pai adotivo aqui na terra, São José. Quando o Papa proclama um ano dedicado ao Patrono da Igreja, o “Ano de São José”, podemos refletir como essa atitude pode mudar a minha, a sua, a nossa vida.

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Pode ter causado, em muitos, certa estranheza essa escolha, principalmente para quem não conhece a importância de São José para a Igreja, o Ano dedicado a São José faz memória aos 150 anos da declaração do esposo de Maria como Padroeiro da Igreja Católica.

Quando faço referência ao número absurdo de crianças, jovens e adultos que foram abandonados, me recordo das palavras do Papa Francisco: “Não se nasce pai, torna-se tal”.

Essa afirmação do Papa se deve ao fato de que o papel do pai é assumir a responsabilidade pela vida do filho, com amor e respeito. Foi o que São José foi para Jesus: uma proteção, cuidado, abrigo.

Nos quatro Evangelhos, podemos perceber como Jesus é reconhecido como filho de José. (Veja em Lucas 4, 22; João 6, 42; Mateus 13, 55; Marcos 6, 3).

São José teve a coragem de assumir a paternidade legal de Jesus, para isso não contou apenas com as suas forças, mas entregou o Menino Jesus a Deus (Lc 2, 22-35). Além disso, São José para defender Jesus de Herodes saiu às pressas para o Egito (Mt 2, 13-18).

São José colocou-se inteiramente ao serviço do plano salvífico (São Cristóvão)

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Para os homens hoje, São José é o modelo de coragem, determinação, fé, amor a Deus e de uma paternidade responsável. Para muitos de nós, que não tivemos um pai presente em nossas vidas, no lugar da ferida fica a cura, a esperança de dias melhores.

O Ano de São José nos faz ter esperança de que o protetor da Igreja, nosso protetor, também ensinará tantos pais a refletirem o amor de Deus em suas vidas.

“Na nossa vida, muitas vezes sucedem coisas cujo significado não entendemos. E a nossa primeira reação, frequentemente, é de desilusão e revolta. Diversamente, José deixa de lado os seus raciocínios para dar lugar ao que sucede e, por mais misterioso que possa aparecer a seus olhos, acolhe-o, assume a sua responsabilidade e reconcilia-se com a própria história. Se não nos reconciliarmos com a nossa história, não conseguiremos dar nem mais um passo, porque ficaremos sempre reféns das nossas expectativas e consequentes desilusões. A vida espiritual que José nos mostra, não é um caminho que explica, mas um caminho que acolhe. Só a partir deste acolhimento, desta reconciliação, é possível intuir também uma história mais excelsa, um significado mais profundo" (cf. Patris Corde)


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