Na tarefa de dirigir um coro ou orquestra, o regente precisa dar vida a partitura e para isso ele precisa se expressar de diversas formas e usar sinais como o olhar, os movimentos, a postura, gestos... Tudo isto é necessário para ser um bom regente ou dirigente do canto. Isso é por demais importante porque é a partir dos gestos que tiramos os sons. Podemos perguntar: Como isso é possível? O que o gesto interfere no canto?        

Vejamos o vídeo de Gustavo Dudamel Ramírez um maestro e violinista venezuelano. Atualmente, é o maestro principal da Orquestra Sinfônica de Gotemburgo, Suécia, e diretor musical da Orquestra Filarmônica de Los Angeles, Estados Unidos.

Neste vídeo vemos uma grande expressão de movimentos e sinais necessários para esta peça em particular. Mas vemos nitidamente o olhar do maestro para os integrantes da orquestra como também a orquestra com os olhares na partitura e nos movimentos do maestro. Veja como é importante a comunicação.

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O “OLHAR” do maestro voltado para os músicos deve ser um olhar fixo, compenetrado, atencioso, brilhante. Deve passar segurança ao seu grupo e traduzir em gestos a emoção. Não pode ser um olhar distraído, distante, desatento mas deve ser um olhar encorajador, e tranquilizador. Como diz o ditado "os olhos são a janela do coração"

Não é dando braçadas ou mexendo a mão de qualquer jeito, sem uma lógica, que o regente vai conduzir um grupo, ele deve ter em mente todas as expressões que traduzem a peça que está regendo. O coro e os instrumentistas precisam entender os movimentos que são informações emitidas pelo regente.

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Com a mão direita conduz-se com leveza e pulsação da música, porém o regente não é um metrônomo ambulante que fica apenas marcando o tempo, pois através de seus gestos bem colocados ele molda o som de seu grupo. Com a mão esquerda faz-se a dinâmicas de entradas, de convite, finalização e outros. Porem, são gestos mais maleáveis que darão uma roupagem especial na música executada.

Isto nos faz lembrar que os gestos e movimentos devem surgir de um processo de imaginação, para que aconteça uma projeção do som que queremos ouvir. Quando imaginamos o som, transformamos a imagem em gestos e movimentos. Os músicos os interpretam e transformam os gestos em sons, obedecendo o regente. Mas para que isso aconteça, faz-se necessário que o regente seja muito claro quanto ao que deseja expressar e que os músicos entendam o que foi expresso em movimentos. Dai, a necessidade de haver grande afinidade entre o regente e os músicos.

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