Por Tatiana Bettoni Em Igreja

Padre Zezinho lança novo CD e afirma: “Não sou um padre cantor, sou catequista”

 

Foto de: Tatiana Bettoni/ A12.com

Lançamento do novo CD de Padre Zezinho na Gravadora Paulinas - Comep (SP) - foto: Tatiana Bettoni

No ano em que completa meio século de evangelização, Padre Zezinho, scj, lançou seu novo álbum “De volta para o meu interior”, reunido na sede da Comep - Gravadora Paulinas, em São Paulo, com amigos e jornalistas, neste sábado (09). O padre falou sobre o processo de composição das músicas, principalmente sobre a que dá nome ao álbum, mas também relembrou fatos marcantes de sua trajetória, reforçando que “nunca quis ser cantor”.

Nas 14 faixas do novo trabalho, Padre Zezinho fala de vida em família, morte e devoção por Nossa Senhora, Mãe de Jesus. Ao falar sobre a primeira, ressaltou que muitos que vivem na cidade estão voltando para o interior e, com isso, redescobrindo o seu interior espiritual. Segundo ele, é um trabalho saudosista, que rememora o antigo sucesso “De lá do Interior”. Confira:

 

A partir da proposta evangelizadora presente em suas letras e melodias, o sacerdote justifica o sucesso que sempre fez junto ao público católico:

“Eu escolhi ser comunicador popular. Tenho formação acadêmica e poderia escrever livros bem profundos. Mas a vocação me chamou a dizer coisas, às vezes óbvias, mas claras, para atingir um público mais simples que não gosta ou não consegue ler, e pode não ter critério musical, mas gosta da melodia. Ele ouve e acha bonito, e aí para a se perguntar ‘o que é que ele está dizendo?’ - é onde eu quero chegar”.

Padre Zezinho sintetizou sua obra em poucas palavras: “Eu sou fruto de Congregação, de uma gravadora, companheiros compositores, músicos e do que o povo diz lá fora”. E foi correspondido com as palavras das representantes da Gravadora Paulinas, com quem mantém parceria.

“Mesmo após o AVC – Acidente Vascular Cerebral -, ele nos surpreende pela surpresa que nos traz a cada projeto (...) O mais difícil em uma produção do Padre Zezinho é a escolha do repertório porque, além de ele trazer tudo pronto, nós temos que tirar algumas músicas porque não cabe tudo em um CD, ao contrário de outras produções”, observou Irmã Verônica Firmino, produtora da Gravadora.

“Com esse projeto, padre Zezinho não só cantou e nos encantou, mas nos surpreendeu!”, completou Irmã Eliane De Prá, diretora da Gravadora Paulinas.

 

Em oito canções eu pus filosofia, mas filosofia que chega ao povo, não aquela mais profunda.

(Padre Zezinho)

Os arranjos são do maestro Luis Antonio Karam, que trabalha com o religioso há cerca de 25 anos. “A gente não tem dificuldade porque o padre sabe muito bem o que quer transmitir. A simplicidade e delicadeza dos arranjos não diminuem a qualidade musical, porque o mais simples é o mais difícil, é o que traz a grandiosidade envolvente que o padre transmite em suas canções”, avalia Irmã Verônica.

“Sou muito criterioso nas letras, na filosofia e na teologia que estão por traz dela. Sou catequista e quero ser catequista (...) Eu me preocupo muito com a situação da família e com a moralidade pública, que atinge em cheio os pobres e menos instruídos. Eu tento em uma canção sucinta, de três estrofes, contar uma história. Em oito canções em pus filosofia, mas filosofia que chega ao povo, não aquela mais profunda”, disse o padre. 

Sobre sua atuação nos palcos, revelou que canta cada vez menos, deixando mais espaço para que outros possam se destacar interpretando suas composições. E afirmou que esta é a realização de um desejo que mantém desde o início da carreira artística, há 48 anos:

“Eu fui chamado para pregar a Palavra de Deus. Não sou padre cantor e não quero ser. Se tiver que cantar eu canto, a Igreja pede, mas comigo é ser padre catequista. Desde o começo eu não queria cantar, eu fiz músicas para os outros, quero mesmo é que os jovens cantem”.

 

 

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