Igreja

Igreja local exerce a fé solidária aos gaúchos

Paróquias e comunidades permanecem abertas oferecendo além dos itens materiais, a fé e a esperança aos desabrigados

Escrito por Redação A12

07 MAI 2024 - 14H50 (Atualizada em 07 MAI 2024 - 15H35)

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Pois nunca deixará de haver pobre na terra; pelo que te ordeno, dizendo: Livremente abrirás a tua mão para o teu irmão, para o teu necessitado, e para o teu pobre na tua terra.” (Dt 15,11

No Rio Grande do Sul, após uma semana das fortes chuvas que afetaram 80% do estado, a Igreja continua a realizar ações solidárias aos necessitados por essa tragédia. Templos foram transformados em dormitórios, sacristia em hospitais e salões comunitários em refeitórios e abrigos. Capelas e paróquias gaúchas se abriram para acolher aos poucos os quase 160 mil desabrigados.

Esta mobilização solidária está em todas as regiões da Arquidiocese, do Estado e de todo o Brasil. A Catedral Mãe de Deus foi transformada em ponto de coleta de doações para apoiar o atendimento dos flagelados nas dezenas de abrigos temporários que foram montados pela Igreja Católica, governos e organizações da sociedade civil.

A Cáritas Arquidiocesana montou uma força-tarefa para auxiliar as pessoas flageladas na tragédia. Os seus colaboradores estão trabalhando para selecionar alimentos, roupas e colchões, a fim de apoiar os locais que estão acolhendo os desabrigados. A atividade conta com a colaboração dos seminaristas de filosofia e teologia da Arquidiocese de Porto Alegre.

Escolas e paróquias de Porto Alegre (RS) estão recebendo primeiros carregamentos com água, colchões e outros mantimentos.

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Ações humanitárias

Luciane Possebon, da paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Canoas, está na linha de frente de acolhida aos desabrigados e atua na Pastoral da Comunicação da Paróquia.

“Recebemos em torno de 150 pessoas para serem acolhidas. Nós temos muitos voluntários e é muito bonito de ver que, em meio a tanta tristeza, tem muita gente querendo ajudar, com a presença voluntária de médicos e enfermeiros”, destacou.

A voluntária descreveu como está sendo o processo de acolhimento de cada morador afetado pelo temporal.

“Nós organizamos uma recepção, onde se faz uma triagem das pessoas que estão chegando, cadastrando seus dados em um computador. Após, as famílias são encaminhadas para a troca de roupa, pois muitos chegam molhados e com frio. Na sequência todos recebem alimentação e são atendidos por médicos e também têm acompanhamento psicológico.

As pessoas chegam muito abaladas emocionalmente, pois muitos passaram cerca de dois dias nos telhados de suas casas e sem se alimentar. A primeira família que nós recebemos, de mais ou menos 10 pessoas, tinha um bebê em estado de quase hipotermia. As crianças, mesmo com todas essas tristezas, estão sempre com um sorriso no rosto, felizes e isso nos motiva a trabalhar ainda mais, lembrou.

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Acolhimento nas paróquias

A Paróquia Nossa Senhora de Fátima, da cidade de Guaíba, acolheu 220 pessoas na Igreja e no Salão Paroquial e outras 120 nas capelas de Pedras Brancas e São Francisco, oriunda do município de Guaíba e Eldorado do Sul.

O administrador Padre Diego da Silva Corrêa, afirmou que “graças a Deus recebemos todos os dias muitas doações de alimentos, roupas, cobertores, e material de higiene e limpeza, o povo tem sido muito generoso. Mas é um cenário de guerra”.

O Vicariato de Gravataí realizou uma ação coletiva de coleta de roupas, alimentos e material de limpeza. Milhares de itens foram doados pelos fiéis que foram às igrejas para as celebrações dominicais. O Pároco da Paróquia Santo Hilário, Padre Batista Nunes Vieira, abriu os espaços da Igreja para receber flagelados da cidade e de outros municípios.

“Aqui acolhemos, preparamos alimento e cuidamos das pessoas. Graças a Deus, o apoio da comunidade com doações e o trabalho dos voluntários são abundantes. Isso significa uma expressão do amor de Deus que cuida das pessoas em seu momento de maior fragilidade”, destacou Padre Batista.

A Pastoral do povo da Rua da Arquidiocese de Porto Alegre também fez uma mobilização especial para atender a esse público. Uma rede de contatos, informações e emergência está funcionando desde o início da tragédia, com o objetivo de alocar as pessoas em espaços de abrigo e proteção.

A ONG “A Fome tem Pressa”, que integra a pastoral, está preparando alimentos todos os dias para centenas de flagelados. Segundo o Coordenador da ONG, Rogério Dalló, são mais de 200 abrigados, além de trinta bebês e cinquenta crianças.

.:: Quem deseja fazer uma contribuição aos irmãos do Rio Grande do Sul, façam diretamente pelo PIX 33685686001041 (CNPJ), em nome da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil — Regional Sul 3. Outra opção é através da Cáritas Brasileira através do PIX 33654419.0010-07 (CNPJ) ou por depósito bancário para: Conta Corrente: 55.450-2 / Agência 1248-3 (Banco do Brasil).


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Fonte: Vatican News

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