Brasil

Situação de insegurança alimentar

Mais de 116 milhões de pessoas no Brasil estão em algum grau na tabela de insegurança alimentar e 19 milhões passam fome diariamente.

Padre Inácio Medeiros C.Ss.R.

Escrito por Pe. José Inácio de Medeiros, C.Ss.R.

11 JUL 2022 - 10H11 (Atualizada em 11 JUL 2022 - 10H54)

DyrElena/ Shutterstock

As calorias adquiridas com o consumo de alimento são indispensáveis para o bom funcionamento dos órgãos do corpo humano. De acordo com as recomendações dos órgãos especializados, os valores de energia aconselhados para adultos saudáveis variam entre as 1800 e as 2500 calorias por dia, número mínimo para que o corpo humano precisa para simplesmente existir e manter seus órgãos em bom funcionamento.

Vamos aos números da triste realidade: Mais de 116 milhões de pessoas no Brasil estão em algum grau na tabela de insegurança alimentar e 19 milhões passam fome diariamente. Isso representa mais da metade da população – dos 211,7 milhões de brasileiros, mais da metade não adquire a quantidade de calorias necessárias para viver e logo, seu organismo enfrenta tipos diversos de mau funcionamento. No mundo, este número de aproxima de 1 bilhão de pessoas.

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O termo insegurança alimentar é abrangente, trazendo à tona debates urgentes e atuais a respeito do enfrentamento do desperdício de alimentos, das desigualdades sociais e do acesso à alimentação saudável e completa em todos os sentidos.

Oferta de alimentos existe, mas a questão mais profunda é o acesso da população ao alimento, por não ter recursos para adquiri-lo.

O Brasil é um dos principais produtores de alimentos do mundo e o quarto maior produtor de grãos, segundo a Embrapa. E no País, a insegurança alimentar vem crescendo, principalmente, pela falta de acesso à comida, como expressão do sintoma da pobreza da população. O Brasil é um dos países que mais desaproveita a sua produção, de acordo com o comitê de Oxford para alívio da fome.

A sociedade civil e as instituições privadas podem fazer a sua parte para combater o desperdício, criando soluções para o acesso a alimentos de qualidade para todos, inclusive com o uso da tecnologia.

O problema da insegurança alimentar é, no momento, a grande responsabilidade de todos: governos, instituições públicas e privadas. Cobrar a estrutura principal, que é a economia estável e a diminuição da desigualdade, somando-se atitudes como a contenção do desperdício e uso da tecnologia são o ponto de partida para o combate à insegurança alimentar e logo, da fome, no Brasil e no mundo.

Escrito por
Padre Inácio Medeiros C.Ss.R.
Pe. José Inácio de Medeiros, C.Ss.R.

Redentorista da Província de São Paulo, graduado em História da Igreja pela Universidade Gregoriana de Roma, já trabalha nessa área há muitos anos, tendo lecionado em diversos institutos. Atuou na área de comunicação, sendo responsável pela comunicação institucional e missionária da Província de São Paulo, atualmente é diretor da Rádio Aparecida

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