Na última quarta-feira (16), a Frente Parlamentar Mista de Combate à Fome definiu propostas legislativas prioritárias para combater a insegurança alimentar no país. O grupo promoveu reunião no plenário da Câmara dos Deputados, com a participação da Frente Parlamentar de Segurança Alimentar e Nutricional e representantes da CNBB.
Padre Jean Poul Hansen, assessor do Setor Campanhas da CNBB e o assessor da Comissão Sociotransformadora da CNBB, frei Olávio Dotto, participaram desta assembleia para estreitar laços com diversas pessoas envolvidas e intencionadas a solucionar a questão da fome no Brasil. Isso porque a CNBB assume seu papel dentro deste processo com a Campanha da Fraternidade de 2023.
Na reunião o 1º vice-presidente da Câmara, deputado Marcelo Ramos, defendeu a aprovação de uma proposta de emenda à Constituição para vincular um percentual mínimo de emendas parlamentares para ações de combate à fome e coleta assinaturas para apresentar a PEC. E ainda defendeu uma política permanente de renda mínima.
O coordenador da Frente Parlamentar de Segurança Alimentar e Nutricional, Padre João, também defendeu a retomada das políticas de segurança alimentar e nutricional.
A Conferência Nacional dos Bispos já deu inicio à preparação da Campanha da Fraternidade de 2023. Foi realizado um seminário temático entre os dias 14 a 16 de março, para aprofundar e refletir questões relacionadas a este tema para elaborar o texto base da CF 2023.
O tema “Fraternidade e Fome”, já foi abordado em outras duas edições da Campanha da Fraternidade, em 1975 e 1985. Esta edição vai trabalhar o lema “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Nesta reunião o tema da fome foi apresentado como “um problema crucial”.
“A cada dia fica mais evidente que a pandemia sanitária da Covid-19 agravou a situação de insegurança e vulnerabilidade social”, reforçou o secretário executivo de Campanhas da CNBB, padre Patricky Samuel Batista.
O Papa Francisco também chamou a atenção para a fome, na Fratelli Tutti, chamando o atual sistema de assassino: “As crises sociais, políticas e econômicas fazem morrer à fome milhões de crianças, já reduzidas a esqueletos humanos por causa da pobreza e da fome; reina um inaceitável silêncio internacional”.
Fonte: CNBB
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