Este rapaz tão jovem é um contraste luminoso para épocas de individualismo e desesperança. Ele teve uma vida com propósito e cheia de significado provenientes de sua fé em Deus. Pertenceu a uma família da alta burguesia (o que não o deixava confortável), e cresceu bem próximo de sua irmã mais nova, que era sua única confidente.

Nascido em Turim, na Itália, em 6 de abril de 1901, desde a infância, Frassati colocava Cristo como centro das suas escolhas diárias, ainda que seus pais não o compreendessem e apoiassem. Por não serem religiosos, o casal Adelaide Amestis, uma pintora, e Alfredo Frassati, um agnóstico, não aprovavam a piedade e forte interesse do filho pelo catolicismo.

Os mal-entendidos familiares, que o faziam sofrer, persistiram até o fim de sua vida, quando adquiriu repentinamente a poliomielite, aos 24 anos. Contudo, suportou com muito amor, paciência e silêncio. Possuía uma personalidade vibrante que o levava a uma caridade concreta, e, ao mesmo tempo, resignada à vontade de Deus.

Pier Giorgio era um jovem muito piedoso, com uma vida enraizada na oração e ação. Todos os dias, participava da Missa, recebia a comunhão e rezava o Santo Terço de joelhos ao lado da cama. Era um rapaz virtuoso e íntimo de Deus, porque unia a contemplação ao serviço. Esse comportamento o levou a se tornar leigo dominicano aos 21 anos.

Bonito, alegre e carismático, tinha muitos amigos e compartilhava a fé com naturalidade. Amava esportes e aventuras, mas também levava sua vida cristã com seriedade. Durante sua rápida doença e até a morte, aos 24 anos, permaneceu atento aos outros, escondendo o sofrimento e preocupando-se com os necessitados.

Seu funeral surpreendeu a família: milhares de pobres compareceram, revelando a grandeza de sua vida oculta. Em 1981, seus restos mortais foram encontrados incorruptos e hoje repousam na Catedral de Turim. Recentemente, seu corpo foi levado até Roma, na igreja de Santa Maria sopra Minerva, para veneração durante o Jubileu dos Jovens.