Havia, certa vez, um senhor bem idoso chamado Serapião. Ele tinha um cachorro vira-lata que atendia pelo nome de Malhado. Serapião era mendigo e andarilho. Ele e o cão estavam sempre juntos, andando pelas ruas da cidade. Não pedia dinheiro, apenas comida. Quando suas roupas estavam imprestáveis, logo era socorrido por alguma alma caridosa.
Serapião era um homem bom, que perdera a família, os amigos e até a identidade. Não bebia e estava sempre tranquilo. Tudo o que ganhava, dava primeiro para o Malhado. Não tinha onde dormir. Quando anoitecia, onde estava, lá dormia, e o Malhado o protegia a noite inteira, não deixando ninguém se aproximar. Também quando Malhado dormia, Serapião o vigiava, para que outro cachorro não o incomodasse. “Ele me ajuda muito”, dizia Serapião. “E eu retribuo sempre que posso”.
Quando Serapião ganhava um cachorro-quente, tirava a salsicha e dava para o Malhado. Ele sempre dava para o cão a parte melhor da comida que ganhava.
Nós temos muitos amigos. Mas, quando se trata de dividir com eles os nossos bens, recusamos, ou lhes damos a pior parte.
Maria Santíssima era amiga de todos. Ela não acumulava bens para si. Mesmo não tendo pecado, era humilde e se reconhecia indigna dos favores divinos. Mãe solidária, rogai por nós.
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