Por Luciana Gianesini Em Igreja Atualizada em 17 OUT 2019 - 14H11

Em tom de autoavaliação, avançam as discussões sinodais em Roma

Na coletiva de imprensa do Sínodo para a Amazônia, realizada na última terça-feira (16), os bispos brasileiros destacaram pontos importantes das discussões.

Dom Wellington Vieira, de Cristalândia (TO) e Dom Pedro Conti, de Macapá (AP), juntamente como o Prefeito do Dicastério para a Comunicação, Paolo Rufini, falaram ao Vatican News sobre o avanço das discussões, salientando:


Dom Wellington Vieira, bispo de Cristalândia (TO)


1. A necessidade de “
retomar um impulso profético, deixando espaço ao Espírito Santo, para não perder a visão de conjunto” (Paolo Rufini);

2. A redução do número de ministros ordenados não é um problema específico da região amazônica, mas global. Nesse sentido, o obstáculo principal não é o celibato, mas “a incoerência, a infidelidade e os escândalos causados pelos ministros ordenados” (Dom Wellington);

3. A exigência de se “fazer de modo que, no coração das pessoas, sobretudo dos jovens, se desenvolva uma terra fértil”. “Se também nós presbíteros e nós bispos temos ‘o cheiro das ovelhas’, como nos pede o Papa Francisco, não transmitimos o perfume de Cristo, porque somos anunciadores somente de nós mesmos e, desse modo, distanciamos as pessoas de Jesus” (Dom Wellington);

4. A percepção de que o primeiro passo é a “conversão dos ministros ordenados”, pois “o principal instrumento para despertar a vocação nos jovens é a santidade dos atuais evangelizadores: a santidade da simplicidade de vida, da abertura ao diálogo, do anúncio da verdade cristã, da compaixão com quem sofre”. (Dom Wellington)

5. A falta de “espírito missionário” como origem da má distribuição de sacerdotes pelo território amazônico. “Muitos deles poderiam ir a regiões de fronteira como a Amazônia” (Dom Wellington)

:: “O Sínodo traz a esperança do mundo ouvir nosso clamor”, diz indígena


Dom Pedro Conti, bispo de Macapá (AP)


6. A importância do trabalho missionário dos leigos. “Quem leva adiante o trabalho são os leigos e as leigas. Os sacerdotes devem prepará-los, acompanhá-los e guiá-los, mas são eles que constroem a Igreja.” (Dom Pedro Conti)

7. A competência dos leigos é “um antídoto ao clericalismo”. É fundamental que haja também “leigos engajados na política, que sejam formados para dar concretude à doutrina social da Igreja” (Dom Pedro Conti)

A última semana de trabalhos será dedicada a discutir o projeto do documento final, que será votado na Sala do Sínodo na tarde de sábado, dia 26.


:: Acompanhe tudo que acontece no Sínodo para a Amazônia em:

 a12.com/sinododaamazonia

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