Intérprete: Kiara Maria Socuta Quintanilha
Reflexão: Padre Marcelo Magalhães
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Não tenhais medo, pequenino rebanho, pois foi do agrado do Pai dar a vós o Reino. Vendei vossos bens e dai esmola. Fazei bolsas que não se estraguem, um tesouro no céu que não se acabe; ali o ladrão não chega nem a traça corrói. Porque, onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.
Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas. Sede como homens que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrirem, imediatamente, a porta, logo que ele chegar e bater.
Felizes os empregados que o Senhor encontrar acordados quando chegar. Em verdade eu vos digo: Ele mesmo vai cingir-se, fazê-los sentar à mesa e, passando, os servirá. E caso ele chegue à meia-noite ou às três da madrugada, felizes serão, se assim os encontrar.
Mas ficai certos: se o dono da casa soubesse a hora em que o ladrão iria chegar, não deixaria que arrombasse a sua casa. Vós também, ficai preparados! Porque o Filho do Homem vai chegar na hora em que menos o esperardes”.
Então, Pedro disse: “Senhor, tu contas esta parábola para nós ou para todos?”
E o Senhor respondeu: “Quem é o administrador fiel e prudente, que o senhor vai colocar à frente do pessoal de sua casa, para dar comida a todos na hora certa? Feliz o empregado que o patrão, ao chegar, encontrar agindo assim! Em verdade eu vos digo: o senhor lhe confiará a administração de todos os seus bens.
Porém, se aquele empregado pensar: ‘Meu patrão está demorando’, e começar a espancar os criados e as criadas, e a comer, a beber e a embriagar-se, o senhor daquele empregado chegará num dia inesperado e numa hora imprevista, ele o partirá ao meio e o fará participar do destino dos infiéis.
Aquele empregado que, conhecendo a vontade do Senhor, nada preparou, nem agiu conforme a sua vontade, será chicoteado muitas vezes. Porém, o empregado que não conhecia essa vontade e fez coisas que merecem castigo, será chicoteado poucas vezes. A quem muito foi dado, muito será pedido; a quem muito foi confiado, muito mais será exigido!”
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!
Reflexão
Onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. A liturgia de hoje nos convida a vigiar. Segundo o Evangelho, a vigilância é também a atitude do cristão que espera a volta de seu Senhor, o qual, encontrando seus servos a vigiar, os fará sentar a mesa e os servirá. Jesus é o Senhor e servo. Convém, portanto, abrir os olhos para a realidade que está ainda escondida por trás, mas é decisiva para nossa vida.
O mundo nos é confiado, não como uma propriedade, e sim como um serviço ao Senhor que, na hora certa, se revelará aos seus servos, que tanto o amam. Minha vida não é propriedade a qual devo me apegar, mas sim um serviço aos meus irmãos.
O Filho do Homem vai chegar na hora em que menos O esperamos. Para não sermos pegos de surpresa e termos que arcar com as consequências da nossa não-vigilância, é preciso sempre estar atentos ao Projeto do Reino de Deus, que acontece aqui na Terra. Por isso, enquanto esperamos e vigiamos, é preciso construir um mundo melhor, criando laços positivos de relacionamento, favorecendo a vida e bem estar de todos, socorrendo os mais fracos, controlando os poderosos, construindo, enfim, um mundo que Deus pensou para todos nós na criação.
Embora não sejamos capazes, o pouco que fazemos contribui para esta obra acontecer. A solidariedade fraterna pode nos animar e levar a fazer parte de uma comunidade corajosa, na qual todos participam e colaboram para o crescimento uns dos outros. Não é um simples medo de castigo que nos anima a estar preparados. Temos uma comunidade de fé, que nos faz sentir com entusiasmo o Senhor, que sempre está no meio de nós.
Amém!
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