Padroeiro de: Rio Grande do Sul
A veneração à Virgem Maria nasceu com os cristãos primitivos. A partir do século IV, o culto à sua intercessão alcançou toda a cristandade. A crença no poder de mediação de todas as graças da Mãe junto ao Filho de Deus teve origem no próprio Evangelho.
Finalmente, revela que o Espírito Santo desceu sobre a Virgem Maria e os apóstolos quando rezavam no cenáculo, momento solene do nascimento da Igreja.
Assim, por sua maternidade divina, Maria se tornou Corredentora, obteve a função de Medianeira e se tornou Mãe da Igreja, da qual ela é o modelo perfeito.
A festa de Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças foi instituída pelo Papa Bento XV em 1921. Uma justa homenagem à confiança da Igreja a esta mediação materna do Redentor. A invocação da mediação da Mãe já estava enraizada no coração de todos os povos cristãos, de modo que a devoção sob esse título se difundiu rapidamente.
Em 25 de outubro de 1942, Nossa Senhora Medianeira foi proclamada Padroeira do Rio Grande do Sul, pelo Arcebispo Metropolitano Dom João Becker. A partir de 1943, a Romaria passa a ser Estadual e, no segundo domingo do mês de novembro, a cidade de Santa Maria acolhe milhares de romeiros, de sul a norte do estado, de outros Estados e excursões de países vizinhos, como a Argentina, Uruguai e Paraguai. A cidade hospeda e atende a todos. É o maior evento religioso do município, da região e do estado.
A devoção também chegou no Brasil e, no sul do país, ganhou enorme expressão. Em 1928, foi introduzida no Seminário São José da cidade de Santa Maria através de um santinho recebido da Bélgica por Pe. Inácio Valle. Dois anos depois, diante da eminência de uma luta armada na cidade, um pequeno grupo de romeiros foi à igreja do Seminário São José orar pela intervenção de Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças. Logo em seguida, a demanda foi resolvida sem confronto.
O povo, organizou uma romaria maior e se dirigiu à igreja do Seminário para agradecer a proteção da Mãe Medianeira. A romaria cada vez maior se repetiu todos os anos. Hoje, é a manifestação religiosa popular mais tradicional, antiga e numerosa do Rio Grande do Sul.
O Quadro da Medianeira
O cardeal Primaz da Bélgica idealizou o ícone que hoje conhecemos e, para tanto, buscou na Sagrada Escritura os símbolos nele apresentados. Dom Mercier encontrou no livro do profeta Ezequiel uma visão que fala: “A glória de Deus enchia todo o templo”.
No quadro, vemos a trindade santa, onde Deus Pai é um ancião (eternidade de Deus), coroado (todo poderoso) que recebe o sacrifício de Jesus na cruz. Único sacrifício agradável a Deus que seria oferecido do nascer ao por do sol, como profetizou Malaquias.
O Espírito Santo, que procede do Pai e do Filho, está entre os dois, em forma de pomba. Aos pés de Deus, seis querubins de seis asas, conforme o profeta Isaías: “Querubins com seis asas esvoaçavam no templo, dizendo: Santo, Santo é o Senhor Deus dos exércitos.”
As letras Alfa e Ômega, a primeira e a última do alfabeto grego, nos lembram que Deus é o princípio e o fim de todas as coisas.
Todos os privilégios de Nossa Senhora vêm dos merecimentos de Jesus na cruz. Por isso, as graças como raios, descem do crucificado sobre Maria e dela sobre o mundo. Lembra-nos a frase de São Bernardo: “A vontade de Deus é que recebamos tudo por Maria”.
Percebemos Nossa Senhora de braços abertos, posição de oração intercedendo por nós, dia e noite, levando a Jesus nossos anseios e nos trazendo as bênçãos e graças divinas. O ícone foi pintado pela irmã franciscana Angelita Stefani.
(Márcio Antônio Reiser O.F.S.)(Márcio Antônio Reiser O.F.S.)
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