Revista de Aparecida

Pe. Vítor Coelho e a Paz

A paz é fruto do convívio fraterno e da prática da Justiça Social

Escrito por Ir. José Mauro Maciel, C.Ss.R.

01 JAN 2023 - 11H15 (Atualizada em 13 JAN 2023 - 09H59)

Comissão Patrimônio Histórico

O venerável Pe. Vítor Coelho de Almeida, C.Ss.R. (1899-1987), ao logo dos seus 65 anos de vida missionária, sempre empreendeu nas orientações ao Bem Comum. No elenco de sua fidelidade Católica ele pautava-se nos grandes pensadores da Antiguidade, tais como os santos Ambrósio, Agostinho, Basílio e outros zelosos mestres na Doutrina Social da Igreja. Assim, ele tornou-se o mensageiro da paz, da união e da concórdia, através das ondas do rádio, para instruir e educar os ouvintes na importância da honestidade e da paz. Inclusive, no Natal de 1949, ele afirmava: “As cartas e alocuções de Leão XIII são claríssimas”. A saber, o Natal dos empobrecidos depende da Caridade daqueles que se dispõem e sabem partilhar. Mas a Justiça Social requer algo mais amplo que possa dar dignidade aos trabalhadores, educação às crianças e jovens, e aperfeiçoamento aos profissionais. Outrossim, a educação na fé e na Doutrina Cristã nos prepara para melhor exercitar a verdadeira Religião em prol da vida terrena saudável e adentrarmos cientes na Eternidade. Cristo é nosso Caminho no tempo e na eternidade.

A Catequese e a Metodologia de Pe. Vítor Coelho provinham de conteúdos seguros, linguajar familiar e palavras diretas. A isso se somava seu dom pessoal de persuadir e convencer as pessoas. O gênero humano é um todo: corpo, alma, inteligência e emoções. Por essa razão, o venerável preferia cuidar da saúde espiritual, temporal e inteligível de seus ouvintes. Inúmeras vezes, pessoas de todas as idades paravam suas atividades para ouvi-lo, principalmente ao meio-dia e às 3 horas da tarde. Conhecidos e esperados eram os seus jargões: “Hoje, Bíblia”; “Hoje, Promoção Humana”. Afinal, somente o ser humano possui a imagem e semelhança de Deus. E o Verbo se fez carne, quando quis assumir a nossa imagem, exatamente para nos Educar à semelhança do Divino. Valham-nos as virtudes: a Prudência que não nos deixa cair na ignorância e nos faz agir de consciência esclarecida.

A Fortaleza nos mostra que somos dependentes de Deus: somente Ele é forte. A Temperança é o equilíbrio necessário ao convívio cotidiano. A Justiça é o termômetro humano que mede nosso caminhar para a santidade. A Fé verdadeira que nos faz crer na Trindade Una e Santa. A Esperança que nos faz superar as angústias e a Caridade é a Lei suprema do amor contido Evangelho; expressão máxima do Cristo Redentor: Humilde, Obediente e Verdadeiro.

Segundo as análises do venerável, o Mundo continua evidentemente dividido: “O que verdadeiramente bifurca a humanidade em dois arraiais contrários são as duas palavras: Crença e descrença”. Os que creem e os que fingem crer. Os fingidos são soberbos, desobedientes e mentirosos. E os verdadeiros cristãos, “livres da soberba, se voltem para Jesus Cristo e d’Ele recebam a luz da verdade e a graça Divina. Será o advento do ‘reino da justiça, do amor e da paz’.” Pois, a Humanidade sagrada do Verbo foi dilacerada, cravada e morta na Cruz. “Cristo é a nossa paz. Na sua carne derrubou o muro da separação: o ódio” (Ef 2,14). Assim Cristo se fez elo da união entre os humanos. Sabiamente nos ensina o Papa Francisco: “O diálogo é o oxigênio da paz”. Portanto, exercitemos a fé, a esperança, a solidariedade, a justiça e a paz!

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