Iniciamos o segundo mês do ano com uma súplica especial por todos os enfermos. Desde 1992, o Papa São João Paulo II pediu que se celebrasse o dia mundial do enfermo em 11 de fevereiro de cada ano. Nessa data, em que veneramos Maria com o título de Nossa Senhora de Lourdes, apresentemos todos os nossos enfermos à sua materna proteção.
A enfermidade é um dos sinais mais evidentes da fragilidade humana. Seus efeitos atingem não só o corpo físico, mas toca todo o nosso ser, mostrando que nossas forças têm limites, que não nos bastamos a nós mesmos e que precisamos sempre de quem cuide de nós. Muitas pessoas, após passarem por uma enfermidade, saem também mais humildes e mais compassivas com quem sofre.
Nosso Venerável missionário também passou pela provação da doença e a viveu com confiança em Deus, humildade e resiliência. Pe. Vítor Coelho sentiu muito ter de deixar a Equipe Missionária Redentorista durante a missão de Ribeirão Preto-SP, em 1940. Mas a tuberculose o acometeu gravemente, e não havia outra alternativa a não ser retirar-se por um tempo em Campos do Jordão-SP. Ali, no Sanatório Divina Providência, permaneceu em tratamento até 1948.
A enfermidade, no entanto, não o impediu de continuar sua missão, ainda que de uma outra forma. Pe. Vítor viveu esse longo período com o coração cheio de confiança em Deus. O corpo debilitado exigia cuidados e longos repousos, mas seu coração missionário permanecia inquieto. Sua compaixão pelas pessoas que compartilhavam com ele o duro calvário da tuberculose fez dele um grande missionário junto aos enfermos. Suas orações levavam alento aos doentes e ajudavam a fortalecer a esperança para lutar contra a enfermidade. Cultivou no sanatório a devoção a São Geraldo Majela, grande Santo Redentorista que também sofreu com a tuberculose.
Pe. Vítor viveu dias difíceis, certamente, mas viveu tudo com profunda fé no Santíssimo Redentor e em Nossa Senhora. O encontro com o Beato Pe. Eustáquio foi marcante para ele. Leiamos seu testemunho: “Padre Eustáquio pôs então o dedo no meu peito, justamente no lugar de um buraco de oito centímetros no pulmão. Então eu lhe pedi três coisas: perdão dos pecados, boa morte e, se sobrar, a minha cura. Disse ele: ‘São José lhe concede duas graças. O senhor vai ser um homem robusto e ainda vai trabalhar muito’”. O diálogo se seguiu entre os dois homens santos por mais dois momentos.
A profecia de Pe. Eustáquio se cumpriu. Pe. Vítor superou a enfermidade e saiu fortalecido para continuar sua missão em Aparecida, onde, de fato, muito trabalhou para propagar a devoção à Mãe de Deus, a Senhora Aparecida, pelas ondas do Rádio. A bênção da água durante a Consagração a Nossa Senhora foi alento para tantos enfermos. Muitas pessoas testemunham que as palavras compassivas de Pe. Vítor as ajudaram no enfrentamento da doença e das dificuldades da vida. Esses relatos mostram o quanto nosso Venerável Missionário entendia a dor dos enfermos e lhes falava ao coração.
Que a fé e o exemplo do Venerável Pe. Vítor Coelho de Almeida nos ajudem a sermos fortes na fé e alegres na esperança, mesmo diante da enfermidade e da dor. Aprendamos dele a levar palavras de ternura e compaixão a todos que padecem a fragilidade da doença. Neste ano Jubilar, sejamos Peregrinos da Esperança junto aos nossos irmãos e irmãs que sofrem com a doença. Que, de junto de Deus, Pe. Vítor interceda por nós e por todos os enfermos!
Pe. Vítor Coelho e o Santo Natal!
Assim como Maria, Pe. Vítor nos convida a dizer também nosso sim para que a vida de Deus seja vida em nós!
Venerável Padre Vítor Coelho, o evangelizador das gerações
Não há dúvidas de que foi pelas ondas da Rádio Aparecida que o Venerável Pe. Vítor Coelho se consolidou como o grande comunicador da fé católica no Brasil.
O Apóstolo d’Aparecida e a Festa da Padroeira
O Venerável Pe. Vítor Coelho de Almeida muito se dedicou para levar as alegrias do 12 de outubro aos devotos em todos os lugares deste imenso país.
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