Jamais saberemos exatamente o dia em que Jesus nasceu, mesmo porque, desde aquela data até hoje, muitas foram as mudanças no calendário que seguimos. Basta ver que a Igreja do Oriente Cristão mantém a festa da Natividade do Senhor no dia 06 de Janeiro, e não no dia 25 de dezembro.
Mas por que, então, celebramos o Natal de Jesus nesse dia? Foi uma decisão histórica e eclesial, baseada em algumas situações que facilitaram a compreensão do verdadeiro sentido do nascimento do Filho de Deus entre nós. Leia MaisO que São Bonifácio e Thor têm a ver com a árvore de Natal?5 reflexões de São João Paulo II para o Natal
E foi uma decisão tomada há muitos séculos – um registro histórico dessa celebração está no chamado “Cronógrafo de 354”, uma espécie de calendário que já registra a festa do Natal no século IV. Mas parece que desde o século III d.C. já temos indícios que no dia 25 de dezembro era celebrada a solenidade do nascimento de Jesus.
Seja como for, a Igreja Católica assumiu esse dia aproveitando da festa do deus-Sol, cultuado pelo povo romano, e relacionou essa festa com o verdadeiro Sol da Justiça, Jesus Cristo. Nesse dia, 25 de dezembro, temos o solstício de inverno no hemisfério norte, ou seja, o dia mais longo e a noite mais curta do ano.
Com isso, foi fácil catequizar as pessoas, afinal Jesus sempre foi o dia de Deus, e suplanta a noite do pecado.
O evangelista São Lucas coloca nos lábios de Zacarias, pai de João Batista, a linda afirmação poética de que “o Sol nascente nos veio visitar” (Lc 1,78). A Igreja Católica soube fazer de uma festa já consagrada a grande celebração da fé como forma de evangelização dos povos.
E assim, até hoje, celebramos o Natal com toda alegria. Algumas raízes profundamente pré-cristãs sobreviveram ao longo dos séculos, e aparecem em tempos natalinos: árvores enfeitadas e guirlandas nas portas, por exemplo, são costumes anteriores ao Natal cristão; outros símbolos, como o Papai Noel, ficaram fortes simplesmente para alavancar o mercado do consumo, que toma conta de nós nessa época do ano e pode sufocar o verdadeiro sentido da festa.
O importante é não perder o sentido do mistério da encarnação de Deus, que se fez homem para nos salvar. Essa verdade não depende de datas, mas somente da fé.
:: Confira aqui a programação de Natal e Ano Novo do Santuário Nacional
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