Por André Somensari Em Notícias Atualizada em 23 JAN 2019 - 08H58

2019: uma nova página na política nacional

No dia 1º deste mês, iniciamos mais uma página na política brasileira: a posse do presidente da república, Jair Bolsonaro, e a de diversos candidatos eleitos no pleito de outubro do ano passado, em uma das mais polêmicas e conturbadas eleições da história do país.

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Nunca em uma eleição no Brasil, a renovação dos quadros políticos foi tão grande, em se tratando de Legislativo (deputados federais, estaduais, distritais e senadores). Segundo levantamento da Câmara dos Deputados, com base nos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dos 513 deputados federais, apenas 251 conseguiram se reeleger, o que equivale a cerca de 48,9%. Sendo assim, mais da metade da bancada dos deputados que tomarão posse em fevereiro (51,1%) estarão em seu primeiro mandato (243 deputados); as demais 19 vagas são de explícitos, que estavam sem mandato na última legislatura (2015-2018). No Senado, a renovação ainda é maior: 85%. De suas 54 cadeiras, apenas 8 serão ocupadas por senadores reeleitos. As demais serão ocupadas por ex-senadores (4) e deputados federais (22) que estavam sem mandato e por novos políticos (20), que nunca tiveram um mandato federal.

:: Um Cristão Político em 2019

“No geral, observamos que aqueles candidatos que se aliaram a projetos de combate à corrupção e com propostas mais conservadoras conseguiram o apoio da população e se eleger. Muitos eleitores acabaram, sem saber, apoiando um projeto econômico bastante liberal. Isso mostra uma grande contradição, pois são políticos eleitos, que se apresentam bastante nacionalistas, mas que, na verdade, representam um projeto econômico liberal; somente a prática poderá confirmar essa análise”, afirma Ir. Diego Joaquim, C.Ss.R., missionário redentorista.

Irmão Diego nos fala também sobre as dificuldades que os governantes eleitos terão em seus mandatos, pois o país ainda atravessa uma grave crise econômica:

“Todos os governantes, desde o presidente da república até os governadores, vão assumir (seus mandatos) com grandes dificuldades econômicas. Não há uma perspectiva, pelo menos para o primeiro ano do mandato deles, de grandes projetos. O grande desafio da maioria deles será diminuir o déficit público, pois zerar é uma promessa ousada. Isso pode levar o cidadão a não ter a tamanha expectativa de uma resposta rápida para os problemas na área de saúde, educação e segurança. A tendência é de enxugamento, de um contingenciamento de gastos neste primeiro ano (2019) dos governos em geral. O Governo Federal não tem, inclusive, muito o que oferecer para os governos estaduais, e nós sabemos que há muitos estados que estão 'quebrados'. O cidadão não pode esperar, neste primeiro ano, muitos investimentos, mas pode esperar a discussão de temas importantes como a da Reforma da previdência. Será a grande oportunidade para o novo presidente colocar em discussão esse tema, que precisa ser tratado”.

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