Neste mês se recordam os 13 anos da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e Caribenho (CELAM), realizada em Aparecida (SP). O evento, que aconteceu em 2007, configura-se, até hoje, como um dos mais importantes acontecimentos da Igreja Latino-Americana.
O tema “Discípulos e Missionários de Jesus Cristo, para que nossos povos n'Ele tenham Vida” norteou as atividades que aconteceram entre os dias 13 e 31 de maio, daquele ano, no Santuário Nacional, reunindo 266 participantes, dos quais 162 eram Bispos.
A presença do Papa Bento XVI e seu discurso de abertura inspiraram os trabalhos da V Conferência. Essa foi a primeira viagem intercontinental do Papa Bento XVI, que passou por São Paulo para a canonização de São Frei Galvão, primeiro santo brasileiro.
O Arcebispo emérito de Aparecida, Cardeal Raymundo Damasceno Assis, destacou a presença do Papa no encontro. “Bento XVI foi um dos papas que permaneceu por mais tempo em Aparecida. Sempre que nos encontramos, o Papa emérito recorda com muita gratidão o acolhimento do povo brasileiro”.
Segundo Dom Damasceno, após a realização da Conferência de Santo Domingo, na República Dominicana, em outubro de 1992, a próxima conferência episcopal estava programada para Roma, em fevereiro de 2007.
Com a morte de João Paulo II, Bento XVI reconfirmou-a, não para Roma, mas para Aparecida. Foi a primeira vez que uma conferência do episcopado latino-americano se reuniu em um santuário mariano. E, de acordo com Dom Damasceno, isso teve um grande significado.
“Essa decisão foi do Papa Bento XVI. Pensava-se que seria realizada em Roma, e, por sugestão do presidente do CELAM, o Papa decidiu realizar a conferência no Brasil, além de realizar pessoalmente a abertura.”
►► Bento XVI: O Papa em Aparecida
De acordo com o Cardeal, a escolha pode ter sido inspirada por Aparecida sediar um dos santuários marianos de renome mundial e pelo reconhecimento da significação pastoral da Igreja no Brasil.
O Documento de Aparecida, fruto da V Conferência, reafirma valores da Igreja como a opção pelos pobres, a centralidade da Bíblia, o protagonismo dos leigos como Discípulos e Missionários, sendo uma referência para Igreja atual.
O Arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, que participou da V Conferência como delegado dos bispos de Santa Catarina, destacou a importância do documento, acreditando que o texto conduz o Pontificado atual. A redação foi coordenada pelo então Arcebispo de Buenos Aires e presidente da Conferência Episcopal Argentina, Cardeal Jorge Mario Bergoglio, hoje Papa Francisco. “Este é um documento que não envelheceu; pelo contrário, iluminou também as Diretrizes para a Ação Evangelizadora da Igreja da CNBB e inspira o Pontificado do Papa Francisco.”
Para Dom Orlando, mesmo após 13 anos, o documento ainda produz frutos. “Queremos ser uma Igreja discípula, missionária e a serviço da vida.”
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