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Livro apresenta parábolas de Jesus em forma de subsídio para catequistas

Escrito por Redação A12

20 FEV 2020 - 08H51 (Atualizada em 23 FEV 2021 - 10H34)

Reprodução/Editora Santuário
Reprodução/Editora Santuário

Na Bíblia Sagrada, encontramos muitas passagens marcantes de Jesus, mas certamente uma das mais especiais é a parábola, por meio da qual Ele se comunicava com seu povo, transmitindo sua mensagem, seu ensinamento. Há parábolas memoráveis, como a do semeador, a do joio e do trigo, a dos talentos, a do bom samaritano, entre outras.

E, visando apresentar essas parábolas de uma forma que catequistas possam utilizá-las para evangelizarem seus catequizandos, o Padre José Carlos Pereira, CP, escreve, pela Editora Santuário, o livro “As Parábolas de Jesus”. Nele o autor apresenta 40 parábolas contidas na Bíblia, para os catequistas, como forma de subsídio para formação destes, e também para quem quiser saber mais sobre as parábolas de Cristo.

A equipe do JS entrevistou o Padre José Carlos Pereira, que deu mais detalhes de seu mais novo livro.

O que motivou o senhor a escrever este livro? Qual a importância de os catequistas estarem familiarizados com a palavra de Deus, em especial com as parábolas de Jesus, para catequizar crianças, jovens e até mesmo adultos?

Padre José Carlos Pereira – O que me motivou a escrever esse livro foi o fato de as parábolas serem recursos didáticos que Jesus usou em sua catequese com os discípulos e com as multidões. Essa forma de ensinamento é comprovadamente muito eficaz, tanto que é eterna. Porém tenho percebido que que poucos catequistas usam as parábolas de Jesus, para ilustrarem situações da realidade, ou mesmo não criam novas parábolas, ou linguagens figuradas a partir daquelas que Jesus ensinou. Nesse sentido, ter um livro com as parábolas de Jesus, voltado para a formação dos catequistas, é uma ferramenta muito valiosa, pois é algo praticamente inédito.

É importante que os catequistas estejam familiarizados com a Palavra de Deus e com as parábolas de Jesus porque elas são as bases, os fundamentos e a razão da catequese. Sem a compreensão da Palavra de Deus, todo o trabalho da catequese se torna inválido, pois catequizar é evangelizar, e não se evangeliza sem a Palavra ou sem a compreensão dela.

Na introdução do livro, o senhor diz que ele foi preparado para catequistas, mas que pode servir também para qualquer outra pessoa que queira refletir sobre as parábolas de Jesus, entendê-las e aplicá-las em sua vida pessoal e pastoral. Em sua opinião, qual a importância das parábolas para compreendermos os ensinamentos passados para nós? Por que Jesus usava dessa linguagem para passar sua mensagem?

Leia MaisEditora Santuário e Academia Marial lançam coleção “Escola de Maria”Padre José Carlos – Embora as parábolas tenham tido, na ocasião, um alvo específico – os discípulos, os apóstolos, ou as multidões, as autoridades, pessoas específicas –, em seu conjunto, abarcam uma gama enorme de situações, servindo para tudo e todos, indistintamente, dependendo da ocasião e situação que se está vivendo ou em que se está envolvido. Por isso elas, que são luzes para iluminar as mais variadas situações, são para todos e não apenas para catequistas. As parábolas não só nos ensinam a entender os ensinamentos de Jesus, como também nos ajudam a compreender nossa própria vida com o olhar de Cristo, que usava essa linguagem por ela não envelhecer. É um recurso filosófico que nos dá margem para muitas interpretações, leva-nos a refletir e a ensinar as pessoas a pensarem as coisas de Deus.

Dentre as 40 parábolas que o senhor abordou no livro, existe alguma que é a sua favorita?

Padre José Carlos – Há várias parábolas que me encantam, mas quero destacar aqui a parábola do bom Samaritano, que aparece unicamente em Lucas (10,25-37). Por que essa parábola? Porque fala de compaixão, sentimento divino, que me faz sentir a dor do outro e faz diferença no mundo. Eu só faço alguma coisa para alguém quando me compadeço dessa pessoa, quando eu sinto em mim sua dor, caso contrário não movo um dedo para ajudar. Os dois primeiros personagens dessa parábola (o levita e o sacerdote) tiveram pena do homem caído à beira do caminho, mas não tiveram compaixão. Por isso nada fizeram. O cristão que não tem esse sentimento não pode dizer que é cristão. A missão dos catequistas (e de todos nós) é cuidar. E isso só acontecerá se tiver compaixão. Senão ele só vai ensinar.

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