Por Jovens de Maria Em Notícias

11º ENPJ em Manaus: Papa Francisco manda mensagem aos jovens

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No último domingo, 18, teve início o 11º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude que aconteceu em Manaus (AM) e reuniu mais de 4 mil. A primeira celebração aconteceu na praia da Ponta Negra e acolheu jovens de todo o Brasil, numa mistura de cores e sotaques. Alegria, respeito, esperança e amizade é o que não falta a esses jovens “pejoteiros”, que valorizam a cultura e a diversidade.

A secretária nacional da PJ, Aline Ogliari, foi quem abriu o encontro. Ela destacou a ousadia da juventude e convidou a todos a seguirem partilhando "a vida, o pão e a utopia", lema do evento deste ano. A primeira semana do encontro reservou boas mensagens aos presentes. Dom Vilson Basso destacou a importância dos encontros promovidos pela entidade e destacou: “a PJ é a maior escola de formação de lideranças da Igreja do Brasil”.

A programação do encontro seguiu com celebrações, formação religiosa e política, apresentações e trocas artísticas e culturais, missões nas comunidades ribeirinhas e visitas às atrações locais. Confira abaixo algumas fotos retiradas da internet:

 
 

 internacional_papa_franciscoMensagem de Papa Francisco – Os jovens da PJ receberam com alegria uma carta enviada por Papa Francisco por ocasião do encontro. Leia a carta na íntegra:

Mestre onde moras? Vinde e vede! (Cf. Jo 1,38-39)

Estimada Aline e meu querido Alberto, que a graça do Jovem de Nazaré permaneça sempre com vocês, e nessa saudação quero abraçar a todos os jovens e adultos que estão participando do XI Encontro Nacional da Pastoral da Juventude nas benditas terras amazônicas.

É com grande alegria que me dirijo a vocês por meio desta singela mensagem, obrigado por deixar-me participar deste grande e bendito encontro.

Gostaria de começar dizendo que fiquei muito feliz ao rezar e meditar a iluminação bíblica e o lema do encontro.

Essa pergunta habita no coração humano. A respeito de tudo e em todas as circunstâncias. Atesta-o a experiência pessoal, documenta-o a história, confirma-o o relato bíblico. O rosto da pergunta surge no alvor das origens com aquele célebre: “Adão, onde estás? Que fizeste do teu Irmão?”; no templo de Silo no diálogo do jovem Samuel com o sacerdote Helí, nas proximidades do rio Jordão com dois discípulos de João a Jesus de Nazaré: “Mestre, onde moras”? Jo 1, 35-42.

Também, hoje, a pergunta bate “à porta” da nossa consciência: Que queres da vida? Que sentido dás ao tempo? Como geres o instante no todo na tua história pessoal? Tens presente o teu futuro definitivo?

E o teu contributo para o bem de todos? Cada um de nós saberá continuar a lista sem dificuldade.

Toda a pergunta tem resposta. “Vinde e vede”, a resposta de Jesus fica como modelo e pedagogia para todos os peregrinos da verdade. Eles vão e ficam na sua companhia. Deixam-se “moldar” pelo modo de ser do Mestre. Mais tarde serão enviados em missão. E, como outrora, também agora, somos convidados a conviver com Ele, a partilhar a sua vida, a acolher o seu olhar penetrante, a deixar-nos atrair e a “agarrar” pela experiência gratificante que dá resposta aos anseios mais profundos do coração humano.

Os discípulos, na companhia do Mestre, aprenderam os modos de realizar a missão: curar doentes e alimentar famintos, partilhar e viver na alegria sincera, deixar-se conduzir pelo amor universal e generoso, que Deus nos tem, acolher os mais débeis e afastados das fontes da vida. E partem pelos “quatro cantos da Terra” a anunciar a vocação sublime de todo o ser humano, a apreciar e a cuidar a dignidade do seu corpo (toda a sua pessoa), a construir relações na base da regra de ouro “tudo o que queres para ti, fá-lo aos outros”, a reconhecer que só a civilização do amor manifesta, o melhor possível, a convivência sustentada em sociedade e redimensionada na cultura, a vocação de toda a humanidade.

Essa mesma vocação que nos convida a partilhar “A vida, o pão e a utopia”. De que serviria dizer que somos seguidores de Cristo se somos indiferentes às dores dos nossos irmãos? “Mostra-me tua fé sem obras que pelas minhas obras te mostrarei a minha fé” lembra-nos o apostolo Thiago.

Meus queridos e minhas queridas jovens, tenho muita esperança em vocês que dão testemunho com as suas vidas desse Cristo libertador. Esse Cristo que “olhou ao jovem com misericórdia e o amou”, a Igreja também ama vocês e por isso os peço que não se deixem abater pelas coisas que possam chegar a ouvir da juventude, em todo tempo histórico se falou pejorativamente dos jovens, mas também em todo tempo foi essa mesma juventude que dava testemunho de compromisso, fidelidade e alegria.

Nunca percam a esperança e a utopia, vocês são os profetas da esperança, são o presente da sociedade e da nossa amada Igreja e por sobre todo são os que podem construir uma nova Civilização do amor.

Joguem a vida por grandes ideais. Apostem em grandes ideais, em coisas grandes; não fomos escolhidos pelo Senhor para coisinhas pequenas, mas para coisas grandes!.

Que o bom Deus abençoe sempre seus passos e seus sonhos e que a Nossa Senhora aparecida os cubra sempre com o seu manto sagrado.

Com minha benção apostólica.

Vaticano, 21 de Janeiro – Dia de Santa Inês – de 2015.
+ Francisco

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