Na manhã deste Domingo de Ramos, o Papa Francisco presidiu a solenidade na Praça de São Pedro, em Roma.
Durante sua homilia dirigiu algumas palavras aos jovens por ocasião do encerramento da reunião pré-sinodal e por ocasião da XXXIII Jornada Mundial da Juventude celebrada hoje nas dioceses de todo o mundo.
O papa destacou que Cristo morreu gritando mostrando seu amor por cada um de nós e, se dirigindo à juventude, disse:
E no vosso caso, queridos jovens, a alegria que Jesus suscita em vós é motivo de antipatia e também irritação para alguns, porque um jovem alegre é difícil de manipular.
Neste dia, porém, existe a possibilidade de um terceiro grito:
«Alguns fariseus disseram-Lhe, do meio da multidão: “Mestre, repreende os teus discípulos”. Jesus retorquiu: “Digo-vos que, se eles se calarem, gritarão as pedras”» (Lc 19, 39-40).
Calar os jovens é uma tentação que sempre existiu. Os próprios fariseus inculpam Jesus, pedindo-Lhe que os acalme e faça estar calados.
Há muitas maneiras de tornar os jovens silenciosos e invisíveis. Muitas maneiras de os anestesiar e adormecer para que não façam «barulho», para que não se interroguem nem ponham em discussão. Há muitas maneiras de os fazer estar tranquilos, para que não se envolvam, e os seus sonhos percam altura tornando-se extravagâncias rasteiras, mesquinhas, tristes.
Neste Domingo de Ramos, em que celebramos o Dia Mundial da Juventude, faz-nos bem ouvir a resposta de Jesus aos fariseus de ontem e de todos os tempos (também os de hoje): «Se eles se calarem, gritarão as pedras» (Lc 19, 40).
Queridos jovens, cabe a vós a decisão de gritar, cabe a vós decidir-vos pelo “Hosana” do domingo para não cair no “Crucifica-O” de sexta-feira... E cabe a vós não ficar calados. Se os outros calam, se nós, idosos e responsáveis (tantas vezes corruptos), silenciamos, se o mundo se cala e perde a alegria, pergunto-vos: vós gritareis? Por favor, decidi-vos antes que gritem as pedras...
Ontem (24), na Sala de Imprensa da Santa Sé, o cardeal Lorenzo Baldisseri apresentou o Documento redigido pelos jovens participantes da reunião pré-Sinodal em vista do Sínodo dos Jovens.
O Documento apresentado se divide em três partes, precedidas por uma introdução. A primeira parte trata dos desafios e oportunidades dos jovens no mundo de hoje; a segunda fala de fé e vocação, discernimento e acompanhamento; a terceira das atividades formativas e pastorais da Igreja.
Segundo o cardeal, os jovens querem uma Igreja extrovertida: “Definitivamente, os jovens querem uma Igreja ‘extrovertida’, que se esforce em dialogar sem preclusões com a modernidade que avança, especialmente com o mundo das novas tecnologias, das quais é preciso reconhecer as potencialidades e orientar para o correto utilizo”.
O brasileiro Felipe Domingues participou da redação do documento e, em entrevista ao Vatican News, disse que os jovens não aceitam respostas prontas para as questões atuais e que buscam respostas e acompanhamento.
Segundo ele, foram abordadas “desde questões básicas como a realidade econômica e social, à violência, às perseguições de minorias, migrações... até questões do dia a dia dos jovens: sexualidade, contracepção, participação da religião na vida pública, em que há uma certa cautela dentro da própria Igreja”.
Boleto
Carregando ...
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Carregando ...
Para comentar é necessário ser assinante
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus
autores e não representam a opinião do site.
É necessário estar logado para comentar nesta matéria
Estando logado em nosso portal você terá acesso ilimitado à matérias exclusivas
Já possuo conta
Esqueci minha senha
Enviaremos um e-mail para recuperação de sua senha.
Voltar para login