Por Ir. Ian Lucas Lopes de Castro, C.Ss.R.

Sabemos que Jesus retirou-se para o deserto, onde passou quarenta dias em recolhimento, superando tentações e a fragilidade do corpo. Nosso Salvador provou de nossas angústias, medos e viveu a experiência de ser plenamente humano: com dores, cansaço e com tudo que passamos e sentimos. Nos quarenta dias de deserto, o Senhor se preparou para assumir sua missão, e também, fez seu discernimento a cerca da vontade do Pai. Parou, rezou, refletiu...

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Da experiência do próprio Jesus, a Igreja nos chama a uma vida de recolhimento, e destaca três importantes palavras a nos orientar em uma vida renovada em Deus, são elas: ORAÇÃO, JEJUM E CARIDADE.

Pela oração, somos transformados de dentro para fora, mudamos com o auxílio de Deus, com sua luz, nossas próprias atitudes, nosso próprio coração, afim de servir melhor, de ser melhor, de cultivar em nós fundamentais virtudes: essa mudança vem de dentro de nós!

O jejum nos recorda, que não podemos ter tudo a nossa maneira, que as coisas do mundo são passageiras; e que a grande responsabilidade da vida é amar e buscar o que é eterno, ou seja, a mudança acontece por fora.

A caridade ensina-nos a caminhar de coração aberto ao amor de Deus e ao amor ao próximo. Quem pratica o bem, não é esquecido; porque a caridade permanece sempre no coração, na memória de quem a recebe e conhece, portanto, a mudança também acontece ao redor de nós, somos sinais de recomeço, quando praticamos a caridade.

Assim, a Quaresma não deve ser compreendida como um tempo fúnebre, mas é um especial tempo para reconstruirmos nossos pensamentos e moldarmos nossas ações, conforme o coração de Nosso Salvador. É tempo de CONVERSÃO, de confiança em Deus. Esperemos a Ressurreição, e desde já, nos preparemos para uma vida sempre nova em Deus.

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