A classificação do Estado de São Paulo como área de risco para febre amarela feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS) não impede que a população local faça doação de sangue.
Em março do ano passado, o Ministério da Saúde informou que pessoas que visitaram áreas de risco deveriam esperar 30 dias para doar sangue. O critério foi adotado devido aos registros iniciais de casos da doença, especialmente em Minas Gerais.
No entanto, de acordo com o Diretor do serviço de coleta do hemocentro da Unicamp, o médico Wagner de Castro, a restrição é válida apenas para candidatos que estiveram em áreas de matas e que ainda não tenham sido imunizados.
“A Organização Mundial de Saúde não tem uma noção de como está o risco de transmissão internamente no Brasil. Tem setores do país que se ocupam disso e que tem uma ação mais crítica a respeito dessa situação. A gente tem usado aqui no Hemocentro, como critério, bloquear a doação por intervalo de 30 dias pessoas que tiveram em áreas de matas, que não foram previamente vacinadas contra febre amarela”, afirmou.
Já os doadores que receberam a vacina contra a febre amarela não podem doar sangue pelo período de um mês, pois há o risco da pessoa que recebe a doação contrair a doença, como explica o médico.
“Quem se vacinar contra a febre amarela fica impedido de doar sangue por um mês.”
“Porque a vacina é elaborada com o vírus atenuado. Ele é atenuado para quem tem a imunidade competente, mas quem vai receber transfusão de sangue pode estar imunossuprimido e a própria transfusão pode causar certo grau de imunossupressão e trazer maior risco no caso a utilização do sangue que tem o vírus atenuado pela vacina”.
Somado ao aumento da busca pela vacina contra febre amarela, o período de carnaval é um fator que tem gerado grande preocupação no Hemocentro. Nesta época do ano, historicamente as doações costumam cair em até 45%, segundo Wagner de Castro.
“O grande apelo é para que as pessoas, antes do carnaval, compareçam ao serviço de hemoterapia para fazer doação. Independente da vacinação, há uma queda histórica de 45% nas doações durante o período de carnaval”.
Candidatos que foram infectados pelo vírus da febre amarela são considerados inaptos para doação por um período de 6 meses.
Informações de Geisa Marques da Rádio Brasil Campinas
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