Malês: filme de Antonio Pitanga sobre revolta baiana estreia nas telonas

“Enquanto lutam para sobreviver e tentar se reencontrar, ambos se envolvem no levante dos Malês.”

Com essa frase, o Sessão de Cinema chega trazendo duas indicações de estreias da semana, mas destaca a obra de Antonio Pitanga, “Malês”. O filme é uma jornada de resistência e coragem, ambientada na vibrante Salvador de 1835. 

O enredo enfatiza a importância da união entre diferentes povos, tribos e religiões para o êxito da revolta e o fim da escravidão, destacando o papel de lideranças negras, como Ahuna, Manuel Calafate, Vitório Sule e Luís Sanim. Vale muito o ingresso!

A segunda estreia, “As Aventuras de uma Francesa na Coreia”. Irreverente, a comédia fala sobre encontros improváveis e aulas de idiomas peculiares. Com diferentes personagens, a obra revela camadas de sua situação, introduzindo o espectador em uma trama repleta de mistérios.

Malês

Malês é baseado em fatos históricos e retrata a Revolta dos Malês, a maior revolução da história do Brasil organizada por negros escravizados na Bahia, em Salvador. A insurreição mobilizou a população negra, escravizada e liberta pelas ruas de Salvador contra a escravidão em 1835. A revolta foi chefiada por africanos muçulmanos e encabeçada por líderes como Pacífico Licutan (Antonio Pitanga), que reforçava a importância da participação de diferentes grupos, tribos e religiões para o sucesso da revolta e para o fim da escravidão. Na trama, um casal é separado após serem arrancados de sua terra natal na África e trazidos para o Brasil à força como escravizados. 

As Aventuras de uma Francesa na Coreia

As aventuras de uma francesa na Coreia acompanha uma mulher de meia-idade chamada Iris que, mergulhada em dificuldades financeiras e sem rumo em Seul, passa a ensinar francês para duas mulheres sul-coreanas. Com uma metodologia bem peculiar, Iris ensina sua língua natal às alunas através de cartões e fichas nas quais ambas anotam seus pensamentos e leem em voz alta. Iris é uma mulher peculiar que gosta de andar descalça e deitar em pedras, algumas das maneiras que ela encontra conforto e bem-estar junto com beber makgeolli, um vinho feito de arroz típico da Coreia. Numa série de encontros, somos apresentados pouco a pouco à francesa e sua situação rodeada de mistérios que só parecem crescer.

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