Por Rádio Aparecida Em Notícias Atualizada em 17 JAN 2018 - 10H35

Pesquisa da Unicamp aponta no vírus da zika possível tratamento contra câncer

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Um estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas – Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) identificou que o vírus da zika pode destruir células cancerígenas no cérebro de pessoas adultas.

A pesquisadora Estela Oliveira Lima explica que a constatação foi feita a partir de teste realizado em laboratório, em que células de glioblastoma, tipo de tumor cerebral, forma infectadas com o vírus. O estudo, como destaca Estela, parte do raciocínio de que o vírus da zika mata células do cérebro em fetos, porque elas têm uma alta taxa de proliferação. Dessa forma, foi possível pressupor que o poderia acontecer com células do câncer, que também se multiplicam rapidamente.

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“O nosso estudo observou que o vírus da zika é capaz de induzir a morte das células de câncer cerebral, mas também conseguimos identificar uma molécula que pode estar associada a essa morte causada pelo vírus da zika, molécula de digoxina. A partir desse estudo podemos continuar aprimorando as pesquisas”, afirmou.

Ouça também a reportagem:

O estudo, segundo a pesquisadora, pode levar a uma terapia contra o câncer cerebral e até mesmo ao desenvolvimento de uma vacina para tratamento de tumores desse tipo. Depois das descobertas em laboratório, os próximos passados são as analises em animais e em seres humanos.

Leia MaisPuerto Maldonado, no Peru, se prepara para acolher o PapaAgência S&P rebaixa nota de crédito do BrasilEstela ressalta, no entanto, que o caminho a ser percorrido pode ser longo e demorado. “Esse estudo, ele depende primeiro de validação em laboratório, de validação em teste em animais para posteriormente começar os testes em humanos. Então, não é um estudo que vai liberar um tipo de tratamento daqui a dois anos. É um estudo que vai demandar de 5 a 10 anos para conseguir todas as validações necessárias, dentro de todas as questões de biossegurança que devem ser seguidas e de todas as normas de bioética”.

A pesquisa faz parte de um projeto temático apoiado pela FAPESP - Fundação de Amparo a Pesquisa do estado de São Paulo.

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