Redação A12

A tragédia da fome

Fr. Rafael Peres Nunes de Lima C.Ss.R.

Escrito por Fr. Rafael Peres Nunes de Lima, C.Ss.R.

05 MAR 2023 - 13H43 (Atualizada em 06 MAR 2023 - 18H25)

savva_25/ Shutterstock

Ouvir o depoimento de pais e mães de família que relatam a dor ao ver seus filhos chorando por causa da fome é algo que destroça o coração de qualquer pessoa que tenha o mínimo de senso cívico, humanitário, religioso, moral, ético, etc.

Ver crianças, jovens, adultos e idosos nas esquinas das grandes cidades, nos cruzamentos, nas praias, nas portas dos restaurantes, implorando pela compaixão das pessoas, para que lhes deem ao menos um pouco de comida é algo que nos leva a pensar no porquê de tanta miséria e tanta fome.

No Brasil, a tragédia da fome começa a partir do momento em que uma grande parcela da população se encontra desempregada, diante de um caos causado pela má gestão de políticos irresponsáveis e da pandemia da COVID-19 e, em outros casos, por causa das inúmeras tragédias naturais que marcam a vida de tantos brasileiros no período das chuvas.

O número de pessoas passando fome, cresce a cada momento. Cresce, primeiramente pela falta de senso comunitário daqueles que detém grandes fortunas. Aqui não estamos tratando sobre comunismo ou marxismo ao refletir sobre a questão do pobre e do rico, mas da falta de comprometimento que seres humanos tem com seus semelhantes. O acumulo de riquezas nas mãos de poucos gera a fome de muitos. 

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Outro fator é a irresponsabilidade de políticos que, ao assumirem a liderança da sociedade, deixaram que o número de desempregados crescesse gradativamente e, com isso, o número de pessoas famintas, também aumentou.

Não dar a oportunidade de um pai ou uma mãe ter um emprego digno e que garanta o sustento de sua família, é um desrespeito para com a pessoa humana e vai contra seus direitos e deveres, pois agride e fere a sua dignidade.

Pessoas que sofrem com as tragédias naturais, como a que houve no litoral norte do Estado de São Paulo em fevereiro de 2023, sofrem não apenas com a perda de parentes e de suas casas, mas também com a fome.

Num País que alimenta cerca de 15% da população mundial, o número de pessoas passando fome é gigantesco. Nesta reflexão não temos a resposta para tamanho problema, mas devemos pensar e refletir, como podemos ajudar o nosso irmão que passa fome? E, principalmente, para onde vai tanto alimento que não chega na mesa daqueles que deveriam ter o que comer?

Escrito por
Fr. Rafael Peres Nunes de Lima C.Ss.R.
Fr. Rafael Peres Nunes de Lima, C.Ss.R.

Missionário Redentorista, Bacharel em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas e estudante de Teologia no Instituto São Paulo de Estudos Superiores – ITESP.

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