Desde o início da pandemia os desafios na área da educação foram constantes. Escolas e professores tiveram que se reinventar e isso não foi diferente com a catequese. Tanto a igreja quanto os catequistas tiveram que entrar para o meio digital e foi nesse contexto que surgiu a dúvida: “como transmitir a fé através do digital?”.
A Irmã Dra. Joana Puntel participou do evento Catequistas Brasil e trouxe o tema “Desafios e possibilidades da Catequese no digital”, e explicou um pouco mais sobre como tratar esse assunto.
“Eu acho que quando a gente fala de catequistas, nesta questão de pandemia, como todo mundo ficou com medo e receio, de uma forma geral, a Igreja também precisou encontrar novos meios e novas maneiras de encontrar o povo, como nós já sabemos. Ela se encontrou bastante desprevenida no sentido de lidar com o digital e foi preciso também de uma educação para isso. O que nós falamos com os catequistas é que não é a questão de ter medo ou simplesmente usar a ferramenta, porque a catequese não é só digitalizar-se, ela pode e deve se digitalizar, mas a catequese não se encerra aí”, explicou.
O Papa Francisco diz: “o catequista não faz catecismo, ele é catequista”, partindo deste ponto os catequistas enxergaram a necessidade de procurar novos caminhos para exercer seu chamado com competência.
“Não é simplesmente estar na frente do computador, mas é o resgatar o ser humano. Primeiro a partir do próprio catequista que deve ter sua vivência, viver o processo de comunicação e o processo de comunicação inclui a pessoa e não simplesmente os meios que ele vai usar. Então ele pode usar o melhor meio que tem, mas se ele não vive ele não está fazendo a catequese, ele está simplesmente passando o conteúdo e não é isso que a igreja pede”, pontuou.
De acordo com Ir. Joana Puntel, o jovem vive na linguagem e na realidade transmidiática, ele não vive só de um canal e isso faz com que o catequista tenha que saber qual a linguagem usar e como fazer isso sem que passe despercebido, ou faça com que o ensinamento seja deixado de lado.
“Antes de tudo você tem que escutar a linguagem do jovem. Os jovens hoje vivem em uma linguagem e realidade que a gente chama de transmidiática, o jovem não vive mais só de um canal como nós fazíamos”, comentou.
Para se encaixar na era da comunicação é necessário se arriscar e sair da linha do medo; Ir. Joana conta que os catequistas tem medo de mudanças, mas enfatiza que isso é necessário e que a doutrina não sofrerá mudanças.
“Os catequistas às vezes tremem nas bases, porque tem que mudar algumas coisas. Por que? Porque nós temos medos de mudar. Então não é doutrina que vai mudar, é a maneira de ensinar”, explicou.
O catequista tem a missão de educar na fé e neste caminho ele vai encontrar adversidades, assim como a de ter que se adequar ao meio digital, o importante é entender que missão de seu chamado é mais importante do que o medo de mudanças.
“Não tenham medo. O conteúdo não é seu, você tem um chamado que tem exigências. Uma exigência de ser um construtor, de redesenhar essa cultura digital. Redesenhar quer dizer: se só existe mentira nas redes sociais, não fique condenando as redes sociais, forme a pessoa no que ela vai dizer nas redes sociais.”, finalizou.
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