Vivemos em uma era em que estar conectado é quase uma obrigação. E a facilidade de se manter conectado traz inúmeros benefícios, mas o excesso dela também pode ser prejudicial.
A tecnologia aproxima, informa e entretém, mas também pode afastar, confundir e expor, especialmente quando falamos de crianças e adolescentes.
O excesso de estímulos e a velocidade das informações dificultam a construção de vínculos profundos, tornando as relações cada vez mais rasas, com interações breves, dispersas e muitas vezes até perigosas.
E isso impacta diretamente em crianças e adolescentes, que por muitas vezes vivem imersos na conectividade que esquecem de suas próprias vidas, dependendo de validação externa, não sabendo diferenciar o que é de sua vontade e o que é pressão do outro; e até mesmo preferindo existir no mundo virtual e não se conectando com seus familiares e amigos reais.
Existem pessoas que têm centenas ou até milhares de seguidores e acham que essa é uma rede de apoio real, quando, na verdade, são pessoas que você não conhece de verdade e elas não conhecem a sua realidade.
O professor, teólogo, historiador e filósofo Robson Ribeiro refletiu sobre o assunto em um conteúdo produzido para o Vatican News:
“Embora essas conexões possam parecer sólidas, elas carregam características próprias que merecem reflexão, sobretudo quanto à sua autenticidade, profundidade e segurança”. E completou: “Até que ponto as amizades virtuais conseguem oferecer apoio emocional verdadeiro? Quais são os riscos envolvidos nessas relações mediadas por telas?”
As consequências dessas relações, baseadas em curtidas, comentários e palpites, refletem na saúde mental, na qualidade das relações pessoais e até na forma como percebemos a nós mesmos, muitas vezes apoiados por validações externas. Além de tudo isso, ainda existe o fator “monetização”, que é quando alguém que tem muitos seguidores recebe dinheiro pelo conteúdo que divulga em suas redes sociais.
“Nesse contexto, cresce o risco da superficialidade, do anonimato e até de perigos concretos, como golpes, chantagens, aliciamentos e abusos emocionais. Jovens e adolescentes, ainda em processo de formação, tornam-se especialmente vulneráveis a essas situações”.
A internet muitas vezes não impõe barreiras entre o que é apropriado para diferentes faixas etárias. Crianças têm acesso a conteúdo adulto, interagem com desconhecidos e se expõem sem entender os riscos. Por outro lado, adultos acreditam viver conexões reais, e podem, na verdade, cair em golpes, como vemos muitas vezes nos noticiários.
Tem também as pessoas mal intencionadas, que se aproveitam de inúmeras situações para ganhar dinheiro e cometer crimes.
A ilusão de conexão com seguidores pode levar à superexposição da vida pessoal, nos colocando em situações vulneráveis, como cyberbullying, exploração ou manipulação. E ainda enfraquece as conexões reais.
O professor ainda argumenta que “a hiperconectividade tem afetado a saúde mental, provocando ansiedade, distúrbios do sono e dificuldade de concentração”.
É urgente repensar o valor da presença real e genuína, da conexão humana que vai além das telas. Dos nossos valores e das nossas relações.
Em um mundo saturado de notificações, o maior gesto de cuidado com nossa saúde mental, nossa vida e a de quem amamos é se desconectar e se permitir estar verdadeiramente com o outro.
ENTENDA MELHOR!Para aprofundar essa reflexão, nesta segunda-feira (11), às 20h, a Província Redentorista Nossa Senhora Aparecida (@Redentoristas) promove uma live formativa sobre os riscos da infância conectada. A live terá a apresentação do Pe. Mauro Vilela, C.Ss.R. e mediação da jornalista Camila Morais. Clique aqui para acompanhar. |
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