Por Pe. Antônio Queiroz, C.Ss.R (in memoriam) Em Histórias de Vida

A esposa que não fazia nada

Certa vez, um homem chegou a sua casa, após o trabalho, e encontrou seus três filhos brincando do lado de fora, ainda vestindo pijamas. Estavam sujos de terra, cercados por embalagens vazias de comida entregue em casa.

A porta da frente da casa estava aberta. O cachorro sumiu e não veio recebê-lo.

Enquanto ele entrava em casa, achava mais e mais bagunças. A lâmpada da sala estava queimada, o tapete estava enrolado e encostado na parede.

Na sala de estar, a televisão ligada, emitindo berros num desenho animado qualquer, e o chão estava atulhado de brinquedos e roupas espalhadas.

Na cozinha, a pia estava transbordando de pratos; ainda havia café da manhã na mesa, a geladeira estava aberta, tinha comida de cachorro no chão e até um copo quebrado em cima do balcão. Sem contar que tinha um montinho de areia perto da porta.

Assustado, ele subiu correndo as escadas, desviando-se dos brinquedos e de roupas sujas. “Será que a minha mulher passou mal?” ele pensava. “Será que alguma coisa grave aconteceu?”

E viu um fio de água correndo pelo chão, vindo do banheiro. Lá, ele encontrou mais brinquedos no chão, toalhas ensopadas, sabonete líquido espalhado por toda parte e muito papel higiênico na pia. A pasta de dente tinha sido usada e deixada aberta, e o banheiro transbordava água e espuma.

Finalmente, ao entrar no quarto do casal, encontrou sua mulher, ainda de pijama, na cama, deitada e lendo uma revista. Ele olhou para ela, completamente confuso, e perguntou: “O que aconteceu aqui em casa? Por que toda essa bagunça?”

Ela sorriu e disse: “Todos os dias, quando você chega do trabalho, me pergunta: ‘Afinal, o que você fez o dia inteiro dentro de casa?’ Bem... Hoje eu não fiz nada. FOFO!!!”

O marido se tocou, e até ajudou a dar banho nas crianças.

Aquela casa foi construída sobre a rocha do sacramento do matrimônio. Só que agora estava entrando areia na união do casal. O remédio, inventado pela esposa, foi amargo, mas curou. Curou para sempre.

“Feliz aquela que acreditou!” disse Santa Isabel a respeito de Maria Santíssima. “Pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido” (Lc 1,45). Que Maria, a Mãe e Esposa modelo, nos ajude.

Escrito por:
Padre Antônio Queiróz dos Santos (Pe. Antônio Queiroz, C.Ss.R)
Pe. Antônio Queiroz, C.Ss.R (in memoriam)

Missionário redentorista, recolheu ao longo de seu ministério centenas de histórias que falam de forma simples e popular da fé e das realidades do povo de Deus.

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Por Pe. Queiróz, C.Ss.R., em Histórias de Vida

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