Histórias de Vida

O martírio de São Lourenço em nome de Cristo

Santo celebrado em 10 de agosto nos mostra que devemos sempre ser obedientes a vontade de Deus e demonstrar isso com alegria

Padre Antônio Queiróz dos Santos (Pe. Antônio Queiroz, C.Ss.R)

Escrito por Pe. Antônio Queiroz, C.Ss.R (in memoriam)

17 ABR 2014 - 09H58 (Atualizada em 10 AGO 2022 - 11H19)

Zvonimir Atletic/Shutterstock

São Lourenço, o Santo espanhol, também conhecido como Lourenço de Huesta ou Valência. Nasceu em 225 e morreu martirizado em 258, no dia 10 de agosto,
em Roma. Está entre os diáconos do início da Igreja de Roma, e dedicou de forma integral sua vida ao Evangelho e na ajuda aos mais necessitados.
Neste artigo do nosso saudoso Padre Queiroz, C.Ss.R., vamos conhecer mais do martírio do diácono romano.  

Lourenço coordenava a assistência aos pobres da diocese de Roma. O imperador prendeu o papa, Sixto II. Dias depois, Lourenço foi visitá-lo na prisão.

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O Papa, prevendo seu martírio e coisas piores para a Igreja de Roma, pediu-lhe que vendesse todos os cálices e utensílios sagrados, para que não fossem profanados pelos pagãos, e empregasse o dinheiro na assistência aos pobres. Assim fez Lourenço. Alguns dias depois, Sixto II foi decapitado.

Logo em seguida, o imperador Valeriano mandou uma ordem a Lourenço, que reunisse todos os tesouros da Igreja, e depois o avisasse, para que ele fosse pessoalmente buscá-los. O imperador pensava que a Igreja de Roma era muito rica. Como hoje alguns pecadores pensam.

O que Lourenço fez? Reuniu, na casa do Papa, os pobres que as Comunidades cristãs de Roma atendiam, e avisou o imperador de que os tesouros da Igreja já estavam reunidos. Mais que depressa, Valeriano veio com suas carruagens, pensando encontrar uma grande fortuna.

Lourenço recebeu-o do lado de fora da casa, depois abriu a porta, apontou para os pobres e disse:

“Majestade, aqui estão os tesouros da Igreja. Pode levá-los! Aliás, Vossa Majestade os encontra em todas as ruas de Roma, deitados nas calçadas”.

Jose Juarez
Jose Juarez


Diante de tamanho acinte e desacato à autoridade, o imperador ficou furioso. Mandou prender imediatamente Lourenço, e o condenou à morte. Ordenou que ele fosse executado com o suplício mais cruel: Queimado vivo. Os soldados fizeram uma grande grelha, tipo churrasqueira, deitaram Lourenço em cima e puseram fogo na lenha que estava embaixo.

Lourenço era muito alegre e brincalhão. Movido por uma força especial de Deus, ele disse ao carrasco: “Pode virar-me, deste lado já está assado!” Isso aconteceu no dia 10 de agosto de 258. 

O Cristão é sempre alegre, até na hora do martírio!

Quando Lourenço chamou os pobres de tesouro da Igreja, não quis provocar o imperador, mas dizer a verdade. O grande tesouro da Igreja são os pobres. Eles são a maior riqueza das nossas Comunidades, e ao mesmo tempo a sua grande preocupação. Os pobres são a presença de Cristo entre nós.

 Na Ladainha, Maria Santíssima é chamada de Causa da nossa alegria, porque foi instrumento de Deus para nos dar a maior alegria do mundo: O seu Filho.

Padre Camilo nos fala sobre os apóstolos que foram martirizados em nome de Cristo


Escrito por
Padre Antônio Queiróz dos Santos (Pe. Antônio Queiroz, C.Ss.R)
Pe. Antônio Queiroz, C.Ss.R (in memoriam)

Missionário redentorista, recolheu ao longo de seu ministério centenas de histórias que falam de forma simples e popular da fé e das realidades do povo de Deus.

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